G1 foi a 19 cidades para ver os efeitos da pior estiagem dos últimos 100 anos.
Barragem com obras atrasadas e transposição são tidas como soluções.
A mais longa estiagem dos últimos 100 anos no Rio Grande do Norte está
mudando hábitos e transformando paisagens interior a dentro.
Reservatórios secaram, cachoeiras desapareceram e o verde da vegetação
ganhou tons de cinza. O solo rachou, animais morreram, plantações foram
dizimadas. Os prejuízos, somente no ano passado, somam R$ 3,8 bilhões. E
o sertanejo, que sofre com escassez, agarra-se à fé. As previsões para o
ano que vem não são boas. Um reservatório com obras atrasadas e a
transposição do rio São Francisco, que sequer tem data para chegar ao
território potiguar, são as soluções apontadas pelos governantes.Dos 167 municípios do estado, 153 estão em estado de emergência pela falta de chuvas.
Destes, 122 são abastecidos por caminhões-pipa. Em onze cidades, que se
encontram em colapso no abastecimento, o fornecimento de água está
comprometido e a Compahia de Águas e Esgotos (Caern) suspendeu a
cobrança das faturas. A maior barragem do estado, a Engenheiro Armando
Ribeiro Gonçalves, já atingiu o volume mais baixo de sua história. Nas
regiões afetadas tem gente que só pensa em ir embora.
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