Delegada diz que aparelho será periciado e que há indícios sobre abuso.
Pároco nega ter estuprado menor, que tem deficiência mental, em Goiás.
Caldas Novas,
no sul de Goiás. De acordo com a delegada Sabrina Leles, responsável
pelo caso, apesar do pároco negar o abuso, uma análise psicológica
realizada na vítima levanta indícios sobre o crime.
A Polícia Civil diz que encontrou fotos e mensagens com teor
pornográfico no celular do padre de 27 anos, preso em flagrante suspeito
de estuprar um adolescente, de 15, em um clube em
“O garoto, que tem deficiência mental, foi ouvido por um psicólogo, que
me disse que não há dúvidas de que ele foi vítima de um estupro. Apesar
de não ter lesões físicas, ele está muito abalado com tudo o que
aconteceu”, disse a delegada ao G1.
O padre foi preso no sábado (4).
Segundo a polícia, ele estava na sauna de um clube quando encontrou o
adolescente. “O garoto disse para a mãe que foi impedido pelo padre de
sair do local até que o ato terminasse. A mulher, sabendo que o filho
não pode oferecer resistência, já que tem um problema mental, chamou a
Polícia Militar e todos eles foram encaminhados para a delegacia”,
explicou Sabrina.
A mãe do menino, que mora em Brasília
(DF) e estava em Caldas Novas a passeio, apresentou à polícia laudos
médicos comprovando que o adolescente sofre de retardo mental e
epilepsia. Já o pároco, que mora em Frutal (MG), estava na cidade acompanhado de dois amigos.
“Durante o depoimento, o padre confirmou que ficou na sauna com o
adolescente, mas negou que tenha cometido o estupro. No entanto, ele
entregou o celular e encontramos fotos e mensagens pornográficas, que
eram trocadas com outros homens por meio de um aplicativo. Sendo assim,
apreendemos o aparelho e o encaminhamos para perícia”, disse a delegada.
Sabrina explicou que já fez a oitiva das testemunhas e dos envolvidos
no caso e agora aguarda o resultado da análise do celular do padre, que
seguia preso até a noite deste domingo (5).
“Teremos dez dias para concluir o inquérito e, se ficar comprovado o
abuso, o padre poderá ser indiciado por estupro de vulnerável, podendo
pegar até 15 anos de prisão”, concluiu.
O G1 tenta contato desde a tarde deste domingo com a Arquidiocese de Uberaba (MG), já que o padre faz parte do clero da entidade, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.
O G1 tenta contato desde a tarde deste domingo com a Arquidiocese de Uberaba (MG), já que o padre faz parte do clero da entidade, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.
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