quarta-feira, 30 de novembro de 2016

"Estamos destruídos", conta irmão do volante Gil, morto em tragédia

Gil Chapecoense (Foto: Cleberson Silva/Chapecoense)
G1/RN
A família do volante Gil, jogador potiguar que defendia a Chapecoense, está em estado de choque. Poucas horas após o trágico acidente com o avião que transportava a delegação brasileira para Medellín, na Colômbia, ocorrido na madrugada desta terça-feira, o clima é de luto permanente. O pai e a mãe do jogador estavam sob forte medicação e em repouso em casa, na cidade de Nova Cruz, a 93 km de Natal. Um dos irmãos do jogador, Eskley Clemente, contou que Gil telefonou para a família no último domingo e conversou com o pai. Emocionado, disse que todos na residência estão em estado de choque com a morte do volante de 29 anos (assista a reportagem de Ítalo Di Lucena no RN TV 1ª edição desta terça-feira).
- Antes de ontem (domingo) ele ligou, falou com meu pai, falou exclusivamente com ele. Sempre falava com a minha mãe e comigo, às vezes. Antes de ontem, ele ligou para o meu pai e disse que iria embarcar. Meu pai desejou boa sorte, aquilo de pai para filho, que iria dar tudo certo, mas nunca que nós imaginaríamos que iria acontecer uma coisa como essa - disse Eskley.
José Gildeixon Clemente de Paiva tinha 29 anos e começou a carreira em 2006, no Mogi Mirim. O volante acumulou passagens pelo Guaratinguetá, Vitória, Santo André, Ponte Preta, Coritiba e estava na Chapecoense desde 2015. Conquistou dois títulos estaduais: em 2013, o Paranense pelo Coritiba; e e esse ano, o Catarinense, pela Chapecoense.
- Ele estava muito confiante e muito feliz. Ele estava muito feliz, tanto profissionalmente quanto com a sua família. Estava muito feliz, estava em um momento muito bom - contou o irmão.
Pai de duas meninas - Gabriela, de cinco anos, e Lívia, de três -, Gil estava em Chapecó há dois anos. Ao lado da mulher, morava próximo ao clube e, segundo o irmão Eskley Clemente, estava muito bem na cidade catarinense. A família aguarda a liberação dos corpos para tratar sobre o velório, mas ainda não foi decidido o local do enterro do jogador.
- Ele estava morando em Chapecó com a mulher e as duas filhas, Gabriela, de cinco anos, e Lívia, de três. Deixou essas duas filhas. Elas estão arrasadas, destruídas. Quando eu falei com a minha cunhada, minha sobrinha de três anos estava acompanhando, só que não entende. A de cinco anos, a Gabriela, estava dormindo e não sabia de nada ainda. Elas são muito apegadas a ele. Muito, muito, muito mesmo  - concluiu.

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