Atendendo a um pedido do governador Robinson Faria, o Ministério da
Justiça decidiu nesta quinta-feira (10), durante o 4º Encontro do Pacto
Integrador de Segurança Pública Interestadual e a 64ª Reunião do Colégio
Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), em Goiás, que o
Rio Grande do Norte, juntamente com Sergipe e Rio Grande do Sul, será
um dos primeiros Estados beneficiados com o Plano Nacional de Segurança
Pública, que deverá ser iniciado ainda neste ano.
Durante o encontro, em que participou o secretário da Segurança do
RN, Caio Bezerra, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de
Moraes, apresentou o Plano Nacional de Segurança Pública com as metas
que serão prioridades, entre elas a redução de homicídios, dos casos de
violência contra a mulher, além da racionalização do sistema
penitenciário, proteção das fronteiras do país e o combate ao tráfico de
drogas. “É necessário uma mudança no sistema penitenciário, mas não só
uma mudança legislativa, mas uma mudança cultural, administrativa, de
financiamento”, afirmou.
Dentro desse Plano está previsto o envio de um grupo especial para
atuar diretamente na redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais
(CVLIs), composto por policiais militares, civis e peritos criminais. A
chegada desse grupo especial se somará aos demais militares da Força
Nacional que já estão atuando no Rio Grande do Norte desde o dia 13 de
setembro.
No discurso, ele falou sobre parcerias com os poderes
estaduais e municipais, como medidas preventivas para diminuir os
índices de criminalidade, em especial a violência contra mulher. “Há
vários pontos em que, por exemplo, uma iluminação melhor ou o fechamento
administrativo de bares que não têm regularidade, solucionam mais
homicídios do que muita investigação”, diz.
“O Plano Nacional de Segurança Pública prevê o aumento das operações
transnacionais para combater o narcotráfico, os tráficos de armas e de
pessoas, e o contrabando, que se dará através de fiscalização mais
inteligente, seja com instrumentos tecnológicos novos, seja com a
cooperação maior entre a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, as
polícias locais e as forças armadas”, destacou o secretário Caio
Bezerra.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, ressaltou a necessidade de
uma política nacional integrada e a vinculação de recursos para o setor,
a exemplo do que ocorre para a saúde e a educação. “Está na hora de
termos um fundo para a segurança pública e uma Proposta de Emenda
Constitucional (PEC) que vincule os recursos para a área. É preciso que a
União coloque recursos e que os municípios também participem dessa
responsabilidade”, afirma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário