Foi
divulgada agora a noite a informação de que os irmãos Joesley e Wesley
Batista, diretores do grupo JBS, entraram na tarde desta quarta-feira
(17) no gabinete do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no
Supremo Tribunal Federal (STF), para entregar filmagens comprometedoras
em que mostram o presidente Michel Temer supostamente comprando o
silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha.
Segundo a
reportagem, diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha
Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que
controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma
mala com R$ 500 mil enviados por Joesley. Temer também ouviu do
empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro
uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer
incentivou: “Tem que manter isso, viu?”.
As filmagens foram feitas
supostamente em março de 2017. Pela legislação brasileira, se o crime
comum foi cometido no exercício da função presidencial ou em razão dele,
o presidente poderá ser incriminado na vigência do mandato, perante o
STF, desde que haja prévia autorização da Câmara dos Deputados, com uma
votação de 2/3 dos membros. Entretanto, se o crime comum é estranho ao
exercício da função presidencial, o presidente da República não
responderá por ele na vigência do mandato. Somente após. Temer assumiu a
Presidência em 12 de maio de 2016.
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