Diante
do desgaste perante a opinião pública da troca de membros titulares da
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, partidos da base
aliada pretendem sugerir que os deputados que forem a favor da denúncia
contra o presidente Michel Temer faltem à sessão que vai decidir
sobre abertura ou não de processo contra o peemedebista no Supremo
Tribunal Federal. Ao não participar da votação no colegiado, os
parlamentares darão espaço para que suplentes alinhados com o governo
façam uso do voto.
A medida tem sido discutida nas bancadas e
avaliada como a saída ideal para evitar a exposição dos partidos. Na
segunda-feira, 26, o Solidariedade colocou o líder da bancada, Áureo (RJ), na vaga de titular que era do deputado Major Olímpio (SP),
deslocado para suplência. Olímpio é um notório crítico do governo Temer
e já havia anunciado que votará a favor do prosseguimento da denúncia
da Procuradoria-Geral da República (PGR).
Enquanto definem
estratégias para derrubar a denúncia, governistas acreditam ter maioria
na CCJ para votar contra a denúncia e apostam que a oposição não
conseguirá os 342 para autorizar a investigação. Por precaução, os
líderes governistas estão ouvindo suas bancadas para saber o
posicionamento de cada membro titular na comissão.
O PR marcou uma
conversa nesta noite com seus cinco titulares na CCJ. O objetivo é
ouvir a posição de cada um e orientá-los a votar contra a denúncia. O
partido se preocupa com o posicionamento dos deputados Delegado Waldir
(PR-GO) e Jorginho Mello (PR-SC), que já deram sinais de que podem
acatar a denúncia. Mello já foi destituído da titularidade da CCJ
durante a votação da admissibilidade da reforma da Previdência porque
era contra a proposta de emenda à Constituição (PEC).
Waldir e a
deputada Christiane Yared (PR-PR) foram substituídos porque votariam
contra a proposta do governo. Desta vez, o líder José Rocha (PR-BA)
disse que buscará o convencimento. “Não pretendo tirar ninguém”, afirmou
ao Estado/Broadcast Político.
Nenhum comentário:
Postar um comentário