A recomendação do Ministério Público, no
que se refere ao Programa Leite Potiguar (PLP), partiu da iniciativa da
Secretaria do Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sethas) de
entregar à promotoria os laudos que apontavam a contaminação de amostras
do leite.
A partir do decreto publicado no Diário
Oficial em 10 de junho, passando toda a gestão do PLP para a Sethas,
começaram a ser apuradas denúncias sobre a qualidade, armazenamento e
transporte do leite. “Me reuni com a Vigilância Sanitária e foram
constatados os problemas em amostras do produto. Tomamos as devidas
providências na ocasião e imediatamente entramos em contato com o
Ministério Público para buscar uma parceria e resolver esses problemas
no programa”, explica a titular da Sethas, Julianne Faria.
Segundo a secretária, as medidas tomadas
na ocasião já contemplavam pontos recomendados hoje pelo MP. São eles:
abrir processo administrativo para apurar as irregularidades, notificar
todos os laticínios e correção de falhas, mudança no edital de licitação
para proibir o uso de isopor no acondicionamento do leite. Os três
laticínios suspensos do PLP forneciam em alguns pontos de distribuição
de Natal (Alecrim, Petrópolis, Ribeira), São José de Mipibu, Parazinho e
São Gonçalo do Amarante.
“O leite é um direito adquirido da
população. Direito esse que a atual gestão ampliou para os produtores
locais da agricultura familiar, mas precisamos garantir que a população
em situação de vulnerabilidade social receba um produto de qualidade”,
destacou Julianne. “Quero deixar claro que o programa não foi e não será
suspenso. Três fornecedores foram suspensos, cautelarmente, e eles
serão substituídos por outros. A partir do momento em que estamos com a
gestão completa do programa, vou ser dura no cumprimento do que diz o
contrato”, ressaltou.
Julianne Faria disse ainda que está em
tramitação um novo termo de referência para realizar nova licitação e
dentro de 15 dias ele será apresentado ao MP para possíveis ajustes. O
PLP custa R$ 47 milhões ao ano.
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