Em entrevista à Rádio Jornal,
de Barretos nesta segunda-feira (15), o candidato à Presidência Jair
Bolsonaro (PSL) afirmou que o objetivo de seu governo é fazer o Brasil
"ser igual a 40, 50 anos atrás".
Ele falava majoritariamente da insegurança das grandes cidades,
defendendo o encarceramento como solução. "Cadeia não recupera ninguém.
Cadeia é para tirar o elemento da sociedade", afirmou. Voltou a
queixar-se de educação sexual na escola, dizendo que "quem ensina sexo
para criança é o papai e a mamãe".
Questionado sobre sua frase
antiga na qual defendia que mulheres ganhavam menos porque engravidavam,
voltou a se defender, dizendo que não quis afirmar aquilo. Disse que a
isonomia é prevista na CLT, mas escorregou novamente. "Nunca vi mulher
reclamando que ganha menos do que homem", disse.
Bolsonaro negou a
aliados que tenha convidado o diretor do Hospital Amor, o antigo
Hospital do Câncer de Barretos, para ser seu ministro da Saúde se vencer
a eleição presidencial. O nome de Henrique Prata circulou na semana
passada, e o médico se mostrou disposto à missão.
Ele reiterou a afirmação durante a entrevista. "Nunca conversamos
sobre essa possibilidade. Não quero desmerecê-lo, quero restabelecer a
verdade", disse.
Pela manhã, ele visitou o Bope (Batalhão de Operações Especiais), no Rio de Janeiro, para agradecer o apoio de policiais.
"Obrigado
a vocês e mais do que tudo pode, pela confiança pela parte de muitos,
pode ter certeza, em chegando, teremos um dos nossos lá em Brasília.
Caveira", disse, encerrando um breve discurso com o grito de guerra que
entoa o símbolo do Bope.
"Temos a segunda maior bancada de
Brasília sem tempo de televisão, sem fundo partidário, sem nada. Isso
vem de gente como vocês. Então temos que acreditar e tentar mudar."
O
candidato arrancou aplausos do grupo e brincou que cumprimentava um
coronel, mas que quem vai mandar no Brasil são os capitães.
Bolsonaro é capitão reformado do Exército. Ele fez breve discurso a
integrantes do batalhão, que foi filmado e distribuído por integrantes
da campanha. Segundo assessores, foi uma visita a amigos. A imprensa não
pode participar do encontro.
Com informações da Folhapress.
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