O Papa Francisco rejeitou acabar com o
celibato exigido dos sacerdotes da Igreja Católica Romana, afirmando que a
situação não é opcional. A declaração foi dada pelo pontífice nesta
segunda-feira (28) em uma conferência de imprensa a bordo do avião em que viaja
do Panamá, onde participou da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), para o
Vaticano.
"Pessoalmente, acho que o celibato é um dom para a Igreja. Além disso, não
concordo que seja permitido o celibato opcional", afirmou o papa quando
questionado sobre a possibilidade de os sacerdotes casarem e sobre a ordenação
de homens casados.
Os católicos que seguem os ritos orientais do catolicismo admitem a ordenação
de homens casados, desde que escolham entre o casamento e o celibato antes do
diaconato - primeiro grau do sacerdócio que permite pregar, batizar e servir no
altar. Situação que o papa rejeita.
"A minha decisão face ao celibato
opcional antes do diaconato é 'não'. É a minha opinião pessoal", afirmou o
religioso. "Posso parecer fechado sobre este assunto, mas não me sentiria
bem a aparecer diante de Deus com essa decisão", justificou.
O argentino lembrou ainda uma frase do
papa Paulo VI sobre o celibato: "Prefiro perder a vida do que mudar a lei
do celibato". Ele disse ser necessário repetir a afirmação, já que é
"uma frase corajosa", dita num "momento difícil, em 1968",
quando se vivia um movimento de contestação estudantil pelo mundo.
Com informações da Lusa.
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