segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Brasileiro de 44 anos morre ao escalar rocha na cordilheira dos Alpes

 Queda ocorreu da rocha de Les Gaillands, na região dos Alpes. (Foto: O.Taris/Wikimedia)

Um brasileiro de 44 anos morreu neste domingo (27) na França, durante um curso de escalada em Les Gaillands, em Chamonix, nas proximidades do famoso Mont-Blanc. Uma investigação foi aberta para apurar as circunstâncias da morte, que estão sendo esclarecidas.
O homem, identificado apenas como Pedro, caiu de uma altura de cerca de 20 metros. Segundo os bombeiros do Pelotão de Polícia de Alta Montanha de Chamonix, o brasileiro tinha o hábito de escalar, mas estava acompanhado de um grupo que tinha menos experiência.
Após a queda, o homem teve uma parada cardíaca e foi socorrido por funcionários da escola, que realizaram massagem cardíaca para tentar salvá-lo. Alertados por um guia, os bombeiros chegaram 10 minutos depois do acidente, mas não conseguiram evitar a morte, ocorrida na manhã deste domingo, por volta de 11h30 (7h30 em Brasília).
As rochas de Les Gaillands, nos Alpes franceses, são conhecidas por serem um local de treinamento de escalada em montanha.
Brasileira na Itália
Em agosto deste ano, uma brasileira de 58 anos de idade morreu depois de ficar quatro dias internada em um hospital de Novara, na região do Piemonte (Itália), após cair em uma espécie de cânion no Val Grande, entre Ossola e Verbano. As informações são da agência de notícias Ansa.
Ana Cristina Rezende, que residia em Turim, havia deixado Cicogna, uma fração do município de Cossogno, junto com seu marido para fazer uma trilha de seis dias.
A caminhada, no entanto, foi interrompida na área do Corone di Ghina quando ocorreu o acidente e a mulher caiu por mais de 150 metros. A brasileira foi socorrida e hospitalizada, mas não resistiu aos graves ferimentos.
Nicarágua
Em outro caso, o corpo da estudante Raynéia Lima, pernambucana de 30 anos morta a tiros na Nicarágua no dia 23 de julho, chegou no dia 03 de agosto ao Aeroporto Internacional do Recife, na Zona Sul da cidade. Uma semana após ter sido liberado pelo IML (Instituto de Medicina Legal) nicaraguense, o corpo foi recepcionado por parentes e representantes dos governos estadual e federal. Em seguida, o corpo foi levado para o Cemitério Morada da Paz, no município de Paulista, na Grande Recife, para o velório e o sepultamento.
Segundo o secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, esforços conjuntos de Receita Federal, Polícia Federal e Ministério das Relações Exteriores ajudaram na liberação imediata do corpo. No entanto, ele criticou o tratamento que o governo federal deu ao caso. “Entendemos a necessidade de o governo federal se engajar nessa questão. Não se engajou como deveria, pois ficou a cargo do governo de Pernambuco todos os custos, todos contatos, toda negociação”, afirmou.
Raynéia foi morta no sul de Manágua, onde cursava medicina, após ser atingida por tiros disparados por um grupo de paramilitares. Morando no país desde 2013, a pernambucana se preparava para voltar ao Brasil em 2019, segundo a mãe.
Em 25 de julho, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco se dispôs a arcar com os custos do traslado e do funeral de Raynéia. A secretaria informou que faria o pagamento apenas do embalsamamento porque a Copa Airlines dispensou o pagamento, e o sepultamento foi programado para ser realizado em um cemitério da Grande Recife, onde a família possui jazigo.
O governo de Pernambuco informou que solicitou ao governo federal que a Corte Interamericana de Direitos Humanos investigue o assassinato da jovem. Além de buscar esclarecimentos junto ao governo nicaraguense sobre a morte da pernambucana, o Itamaraty convocou a embaixadora da Nicarágua no Brasil, Lorena Martínez, a dar explicações ao Ministério das Relações Exteriores sobre o assassinato da estudante.
A CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) e o Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos responsabilizaram o governo da Nicarágua por “assassinatos, execuções extrajudiciais, maus-tratos, possíveis atos de tortura e prisões arbitrárias”

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