A Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) se
posicionou contrária ao término das atividades da Petrobras no Rio
Grande do Norte. Em nota, o presidente da Federação, Amaro Sales, diz
que essa medida sinaliza um desmonte progressivo das atividades da
empresa no estado em prazo mais longo e cobra que os parlamentares do
estado devem, junto à governadora Fátima Bezerra, lutem contra a
medida. Amaro lembra que o Rio Grande do Norte é líder histórico em
número de poços no estado e como isso contribui para a economia, emprego
e desenvolvimento de atividades correlacionadas. “Precisamos de todos
para que a causa seja elevada à prioridade máxima e o Rio Grande do
Norte possa contar com a atividade econômica e social da Petrobras, a
maior empresa brasileira, construída assim também porque contou, durante
décadas, com as riquezas minerais do solo potiguar”, diz Amaro Sales.
Confira a nota:
O alerta feito pelo Jornalista Cassiano Arruda,
na edição de ontem do jornal Tribuna do Norte, em relação ao término das
atividades do escritório da Petrobras no Rio Grande do Norte, o que
pode sinalizar um desmonte progressivo das atividades da empresa no
estado em prazo mais longo, deve despertar a urgente e grave atenção de
todos. As entidades que representam trabalhadores e empregadores, as
representações do estado na Câmara dos Deputados, no Senado, na
Assembleia Legislativa e Câmaras Municipais, todos sob a liderança da
governadora Fátima Bezerra, precisam deixar claro que isso é
inaceitável, lutando pelo recuo de tamanha agressão à economia potiguar.
A Petrobras é muito relevante para a nossa economia. A própria
empresa, no estado, indica 162,8 milhões em reservas totais de petróleo
em terra (barris de petróleo); o Rio Grande do Norte é líder histórico
em número de poços produtores de petróleo, sendo atualmente mais de
3.580 (distribuídos em 15 municípios). Além do potencial natural, os
royalties são essenciais ao governo do Estado e aos Municípios que fazem
jus. Apenas para ilustrar: são mais de 90 municípios que juntos recebem
aproximados R$ 250 milhões.
Ainda no Rio Grande do Norte, a Petrobras é essencial no que
se refere ao PIB e à massa salarial. Em 2017, por exemplo, representou
28% da massa salarial da indústria extrativa e de transformação
equivalendo a R$ 433 milhões. Em 2016 esse valor era ainda superior, ao
adicionar o refino, chegou-se a R$ 642 milhões (38%). Quanto ao PIB
(2016), esta atividade se mostra de altíssima relevância ao representar
45,7% do PIB das indústrias de extração e transformação do RN,
equivalendo a R$ 7,7 bilhões.
A Petrobras, no Rio Grande do Norte, é ainda responsável por
uma cadeia direta de empregos que se aproximam dos 10 mil formais nas
áreas de Extração de Petróleo e Gás Natural; Atividades de Apoio à
Extração de Petróleo e Gás Natural; Fabricação de Produtos do Refino de
Petróleo; Fabricação de Outros Produtos Derivados do Petróleo; Peças e
Acessórios; Manutenção e Reparação de Máquinas e Equipamentos para a
Prospecção e Extração de Petróleo dentre outras. Esses empregos,
todavia, já se aproximaram dos 45 mil por volta dos anos 2000, o que
significa que nada mais podemos perder. O atual processo de
desinvestimento da Petrobras no RN já significou, segundo estimativas,
redução de 6% da participação no PIB, equivalendo a um recuo de R$ 931
milhões (2012-2018).
Precisamos de todos para que a causa seja elevada à
prioridade máxima e o Rio Grande do Norte possa contar com a atividade
econômica e social da Petrobras, a maior empresa brasileira, construída
assim também porque contou, durante décadas, com as riquezas minerais do
solo potiguar.
Natal, 30 de setembro de 2019.
Amaro Sales de Araújo
Presidente da FIERN
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