quinta-feira, 28 de maio de 2020

Bolsonaro sobre vídeo: responsabilidade é de quem suspendeu o sigilo


O vídeo do encontro é objeto de inquérito que apura se Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. Mello decidiu liberar o sigilo da gravação na última sexta-feira, 22.
"O criminoso não é o ministro da Educação Abraham Weintraub, não é o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, não é nenhum de nós. A responsabilidade é de quem suspendeu o sigilo de uma sessão cujo vídeo foi chancelado como secreto", disse o presidente da República.
Além das falas do presidente, palavrões e declarações polêmicas dos ministros foram destaques da reunião, em especial as de Weintraub e Salles. "Lá nessas reuniões cada um pode falar o que bem entende, porque são reservadas", defendeu Bolsonaro.
Na ocasião, Weintraub afirmou que, por ele, "botava esses vagabundos todos na cadeia", "começando no STF". Por causa das falas, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, decidiu pedir explicações de Weintraub.
Na quarta, contudo, o ministro da Justiça André Mendonça apresentou habeas corpus contra decisão de Moraes, que deu cinco dias para Weintraub prestar depoimento no âmbito do inquérito das fake news contra a Corte.
Já Salles, defendeu na reunião do dia 22 "ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas", aproveitando o momento da crise do novo coronavírus.
Bolsonaro voltou a dizer ainda que poderia ter "destruído a fita", mas destacou que respeitou a decisão de Celso de Mello. "Entreguei a fita e com todas as petições possíveis para não divulgar, a não ser as questões voltadas para o inquérito", acrescentou.

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