sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Conhecido como ‘Jogador’, segundo suspeito de ordenar Chacina da Sapiranga é preso no Rio Grande do Norte

O 13º suspeito de participar da Chacina da Sapiranga foi capturado. Raí César Silva Araújo, conhecido como ‘Jogador’, de 28 anos, apontado como um dos mandantes da matança, foi preso no Estado do Rio Grande do Norte, na última quarta-feira (29). Cinco pessoas foram mortas e seis ficaram feridas, na ação criminosa registrada no último dia 25 de dezembro.

A prisão aconteceu em uma ação interestadual que contou com a participação da Polícia Civil do Ceará (PCCE), da Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), ‘Jogador’ foi preso quando se deslocava de Mossoró para Natal (municípios do Rio Grande do Norte).

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Ceará (MPCE), intermediou a transferência de Raí César para o Ceará – que foi realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Ceará.

Após pedido da Polícia Civil, os promotores de Justiça deram parecer favorável e a Justiça Estadual já decretou a prisão temporária do suspeito, ainda na última quarta (29).

Segundo informações do MPCE, ‘Jogador’ foi capturado no Município de Macaíba, Região Metropolitana de Natal, em uma abordagem no Km 294 da BR-304. Com o suspeito, foi encontrado um cigarro de maconha, o que também motivou uma prisão em flagrante pelo crime de uso de entorpecentes.

Prisões preventivas decretadas

Justiça Estadual já converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva dos oito homens presos por suspeita de participarem da Chacina da Sapiranga. Além deles, quatro adolescentes foram apreendidos pelos crimes.

Antes de ‘Jogador’, o último suspeito a ser detido pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) foi João Ricardo Sousa da Silva, o ‘Das Facas’ ou ‘RJ’. Ele teve a prisão preventiva decretada pelo Plantão Judiciário na última terça-feira (28), um dia depois de ser preso dentro de um veículo, quando fugia de Fortaleza – o que foi evidenciado pela quantidade de roupas desorganizadas, segundo a Polícia.

João Ricardo tem passagens pela Polícia por homicídio e uso de drogas e foi apontado por testemunhas como um dos mandantes da Chacina da Sapiranga, mas ele nega ter ordenado ou participado da matança. Nenhum ilícito foi encontrado com o suspeito.

A reportagem apurou que a Chacina foi motivada por disputa de território para o tráfico de drogas. Dissidentes de uma facção de origem carioca, que passaram a integrar outra organização criminosa (o que é conhecido no mundo criminoso como “rasgar a camisa”), praticaram a carnificina com o intuito de tomar o território do Campo do Alecrim.

A Justiça também decretou a prisão preventiva de mais sete suspeitos de participar da Chacina. Na última segunda-feira (27), o Plantão Judiciário converteu as prisões de Thiago Farias de Lima e Mateus Aguiar de Sousa – este último está internado sob escolta policial, por ter sido baleado em um confronto com a Polícia.

Thiago de Lima já respondia por crimes do Sistema Nacional de Armas e tráfico de drogas e Mateus de Sousa, também por tráfico. Ambos também foram reconhecidos por testemunhas dos homicídios. A defesa pediu pela liberdade da dupla.

No dia anterior, o Poder Judiciário já havia convertido as prisões dos outros cinco suspeitos presos por participação na Chacina, que também tinham antecedentes criminais. Confira:

  • Alessandro Vieira da Silva, já respondia por tráfico de drogas;
  • Antônio Gabriel Sousa da Silva, violação de domicílio, porte ilegal de arma de fogo, homicídio e tráfico de drogas;
  • Charles Dantas Oliveira, homicídio;
  • Gabriel Sousa Freitas, por porte ilegal de arma, homicídio e tráfico de drogas;
  • e Mateus Acelino da Silva, por tráfico de drogas.

Além dos oito adultos presos e quatro adolescentes apreendidos (entre 15 e 17 anos de idade), a Polícia apreendeu seis pistolas (calibres 380, Ponto 40 e 9 milímetros), dois equipamentos que transformam pistolas em rifles, 98 munições de calibres variados, a quantia aproximada de R$ 800 em espécie, uma pequena quantidade de cocaína e aparelhos celulares.

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