terça-feira, 27 de setembro de 2022

Sabatina JR: Bolsonaro critica Lula e TSE, promete aumento real do salário mínimo e garante auxílio de R$ 600

Foto: Edu Moraes/Record TV

O atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, foi o primeiro a participar das sabatinas do Jornal da Record, da Record TV, com os candidatos à Presidência da República. Em 40 minutos de entrevista, comandada pelo jornalista Eduardo Ribeiro, o candidato falou sobre economia, pandemia e criticou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva - seu principal opositor - e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Na questão econômica, o presidente afirmou que vai discutir com os parlamentares um aumento real do salário mínimo. De acordo com o projeto da Lei Orçamentária enviado ao Congresso Nacional, a expectativa é que o salário seja de R$ 1.302, sem um aumento real em relação aos R$ 1.212 de 2022.

Segundo Bolsonaro, nos últimos anos, um aumento real não foi dado em virtude da pandemia de covid-19. "Como o nosso governo não rouba, sobra dinheiro para você, em concordância com projetos junto ao parlamento brasileiro, buscar dar um reajuste maior para o salário mínimo", disse. 

"Nós gastamos R$ 700 bilhões 2020 não só para combater o vírus, mas com recursos para estados e municípios e para auxílio emergencial. Nós pagamos auxílio emergencial para 68 milhões de pessoas em 2020. Não tínhamos como ir além do reajuste equivalente ao da inflação", completou.

Ainda na pauta econômica, Bolsonaro falou sobre a Petrobras e os preços dos combustíveis. O presidente negou que tenha utilizado o artifício da "canetada" para reduzir os valores cobrados aos consumidores e ainda acusou o PT de cometer a ação durante seus mandados com Lula e Dilma. 

"No passado, a Petrobras era usada politicamente com canetadas para diminuir o preço dos combustíveis, para que o presidente daquele momento tivesse ganho político. Não fizemos isso. Logicamente, quando a Petrobras aumentava seus preços, eu me indignava. A Petrobras foi um local onde o PT, Lula e Dilma, usaram para colocar apadrinhados. Essas pessoas afundaram a Petrobras, quase quebraram a Petrobras", declarou.

"O endividamento da Petrobras ao longo de 14 anos de PT, não só por causa das canetadas, mas por causa da corrupção, chegou na casa dos R$ 900 bilhões. Isso dá para fazer 60 vezes a transposição do rio São Francisco" citou.

Ao ser indagado sobre a privatização da Petrobras, o candidato à reeleição disse que tem o desejo de fazê-la, mas não garantiu e considerou que o foco da gestão é conter as dívidas da estatal. "Quando você privatiza uma coisa, a vantagem que você tem é que quem for suceder não vai fazer uso político daquela empresa. Da minha parte, existe essa vontade. E existe a vontade por parte da população. Sabemos da dificuldade. Nossa missão principal é sanar as dívidas, que estamos fazendo bem", afirmou.

O presidente ainda garantiu que o Auxílio Brasil será mantido em R$ 600 no próximo ano. Inicialmente, o valor está previsto até o final de 2022. "Já está acertado que temos de onde tirar esses R$ 600 de forma definitiva. É palavra minha, do Paulo Guedes, do Arthur Lira", assegurou.

Questionado sobre a origem da verba, o candidato do PL explicou: "Vem da taxação dos dividendos para quem ganha acima de R$ 400 mil. Segundo o Paulo Guedes, dá até para dar uma mexida na tabela do Imposto de Renda. Esta garantido os R$ 600. A esquerda tem espalhado por aí que eu vou acabar com o Auxílio Brasil. Mas repito que toda a bancada do PT na Câmara votou contra o Auxílio Brasil de R$ 400", completou.

Na sabatina, Jair Messias Bolsonaro aproveitou para fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral. Ele falou que só aceita uma possível derrota em caso de "eleições limpas". Contudo, não falou o que seria feito para atestar que não haveria fraude no processo eleitoral.

"Com eleições limpas, sem problema nenhum. Assim como você não tem hoje em dia como comprovar um processo eleitoral, o outro lado não tem como comprovar que ele foi sério também. Eles convidaram as Forças Armadas, que apresentaram várias sugestões, mas foi uma briga para aceitar uma outra sugestão, uma má vontade enorme do TSE para com as Forças Armadas para nós buscarmos uma maneira de diminuir a possibilidade de fraude", comentou.

Em determinado momento, ele ainda somou o ex-presidente Lula às críticas contra o TSE. "Os mesmos juízes que tiraram o Lula da cadeia e o tornaram elegível são exatamente os mesmos que conduzem o processo eleitoral brasileiro e que tudo dificultam para que a Comissão de Transparência Eleitoral consigam participar para evitar a possibilidade de questionamento ao término das eleições", pontuou.

Bolsonaro foi o primeiro a participar das sabatinas que a emissora realiza nesta semana com os candidatos à Presidência da República. Além dele, serão entrevistados Ciro Gomes (PDT), nesta terça-feira (27), e Simone Tebet (MDB), na quarta-feira (28). As sabatinas começam às 19h40, após o Cidade Alerta RN. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi convidado, mas não quis comparecer.


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