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O Ministério da Mulher terá que informar quais providências tomou ao descobrir os casos alegados e se houve denúncia ao MPF ou à polícia
Após as declarações da ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos Damares Alves sobre crianças da ilha de Marajó supostamente traficadas para o exterior e submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais, o Ministério Público Federal (MPF) enviou ofício nesta segunda-feira (10) à secretária-executiva da pasta, Tatiana Barbosa de Alvarenga, com solicitação de informações sobre os supostos crimes.
Membros do MPF no Pará pedem à Secretaria-Executiva do MMFDH que apresente os supostos casos descobertos pelo ministério, indicando todos os detalhes que a pasta possua, para que sejam tomadas as providências cabíveis.
O MPF também pede que o Ministério da Mulher informe quais providências tomou ao descobrir os alegados casos e se houve denúncia ao Ministério Público ou à polícia.
As acusações da ex-ministra foram feitas no sábado, em discurso em Goiânia (GO). Segundo ela, crianças da ilha de Marajó são traficadas para o exterior e são submetidas a mutilações corporais e a regimes alimentares que facilitam abusos sexuais.
Damares afirmou, ainda, que “explodiu o número de estupros de recém-nascidos” e que no Ministério de Mulher há imagens de crianças de oito dias de vida sendo estupradas. Segundo a ex-ministra, um vídeo de estupro de crianças é vendido por preços entre R$ 50 e R$ 100 mil.
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