Delegada contará detalhes sobre assassinato do jornalista F. Gomes

A delegada titular da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor), Sheila Freitas, afirmou na manhã de ontem que concederá entrevista coletiva sobre o ‘Caso F. Gomes’ na próxima semana, em Caicó. Ela disse que está aguardando a autorização judicial, já que o processo corre em segredo de justiça. O comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Marcos Antônio de Jesus Moreira, suspeito de envolvimento no crime, se apresentou ao Quartel do Comando Geral da corporação, em Natal.

Segundo a delegada Sheila Freitas, durante a coletiva será dito o que realmente motivou a execução do radialista F. Gomes e qual a participação do tenente-coronel Moreira no crime que abalou o Estado. “Não posso dizer nenhuma informação do processo, por isso, vamos realizar a coletiva para explicar todos os detalhes do caso, incluindo o motivo e a participação de cada um dos seis indiciados no caso, para esclarecer de uma vez este crime”, afirmou.

Além do comandante do 11º BPM, sediado no município de Macaíba, outras cinco pessoas foram indiciadas e devem ser levadas a júri popular, entre eles o mototaxista João Francisco dos Santos, o “Dão”, que confessou ter efetuado os disparos que atingiram F. Gomes; o empresário Lailson Lopes, o “Gordo”; o soldado Evandro Medeiros, que está custodiado no 6º BPM, em Caicó; o pastor Gilson Neudo Soares do Amaral, preso em Caicó por tráfico de drogas e o advogado Rivaldo Dantas de Farias, que está no Quartel Geral da PM, no bairro do Tirol, em Natal.

Desde o dia em que foi preso, “Dão” alega que atirou em legítima defesa, pois desconfiou que F. Gomes estava armado e que iria atirar nele. “Dão” está detido no Presídio Provisório Raimundo Nonato, localizado na Zona Norte de Natal. Já “Gordo” está preso na Cadeia Pública de Caraúbas.

O radialista F. Gomes, que na época do crime tinha 46 anos de idade, foi executado com três tiros na calçada de sua casa, em Caicó, no dia 18 de outubro de 2010. Ele ainda foi socorrido para o Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Gomes era casado e tinha três filhos.

Do JH