Ex-deputado federal pelo RN fez lobby para a Transpetro contratar determinadas empresas de tecnologia e serviço
O ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, disse que
intermediou o pagamento de R$ 1.550.000,00 ao ministro do Turismo,
Henrique Eduardo Alves (RN). Segundo ele, o dinheiro teve como origem
contratos entre a Queiroz Galvão e a Galvão Engenharia com a Transpetro.
Durante um determinado período, Henrique Eduardo Alves fez lobby para
a Transpetro contratar determinadas empresas de tecnologia e serviço,
mas os negócios não avançaram.
Pelo relato, o ministro era insistente na busca de doações. “Ele
(Henrique Eduardo Alves) ligava diversas vezes para a Transpetro e o
depoente ligou algumas vezes para ele”, diz a delação de Machado.
A propina ao atual ministro do Turismo foi paga, conforme o ex-presidente da Transpetro,
da seguinte forma: R$ 500 mil em 2014; R$ 250 mil, em 2012 e R$ 300 mil
em 2008. Os valores foram repassados, segundo ele, pela Queiroz Galvão.
Outros R$ 500 mil foram pagos em 2010 a Alves, pela Galvão Engenharia,
de acordo com a delação.
Os recursos eram entregues por meio de doações oficiais, mas eram
provenientes, segundo Machado, de propina dos contratos da subsidiária
da Petrobras. Sérgio Machado detalhou que Henrique Alves costumava
procurá-lo com frequência em busca de recursos para campanha.
O ex-presidente da Transpetro disse que “sempre ajudava” Alves com as
solicitações. Os encontros, segundo Machado, eram na sede da
subsidiária.
“Que Henrique chegou a levar algumas empresas da área de tecnologia
ou serviços na Transpetro para tentar que as contatasse, mas nenhuma
avançou; que o depoente sempre ajudava em época de campanha quando ele
ligava pedindo um encontro; que ele ligava diversas vezes pra Transpetro
e o depoente ligou algumas vezes para ele; que o depoente ajudou
sempre por meio de doações oficiais, cuja origem eram vantagens
indevidas pagas pelas empresas contratadas pela Transpetro; que os
encontros com ele eram sempre na Transpetro”, diz a delação premiada.
Conforme Machado, entre membros do PMDB, também teriam recebido
propina, na forma de doações, Valdir Raupp (PMDB-RO), Garibaldi Alves
(PMDB-RN), o deputado Walter Alves (PMDB-RN), o presidente do Senado,
Renan Calheiros (AL), os senadores Jader Barbalho (PMDB-PA), Romero Jucá
(PMDB-RR) e Edison Lobão (PMDB-MA), além do ex-presidente da República
José Sarney. (veja aqui o que disse cada um deles)
Blog do BG
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