O hospital Albert Einstein desmentiu, na noite desta segunda-feira, o secretário-executivo do Ministério da Saúde,
Élcio Franco, que afirmou que a instituição teria voltado atrás em sua
recomendação contra o uso de cloroquina em pacientes do hospital
infectados pela Covid-19. Na tarde desta segunda, Franco disse que o
hospital teria voltado atrás na recomendação divulgada na semana
passada. Procurado, o Albert Einstein disse que não houve mudança alguma
sem sua posição sobre o medicamento.
Na sexta-feira, o hospital Alberto Einstein divulgou uma nota em que informava que estava recomendando aos seus médicos que não prescrevessem medicamentos a base de cloroquina para o tratamento da Covid-19 por
conta da falta de evidências científicas sobre a eficácia da
substância. A recomendação ocorreu após a agência norte-americana que
regula alimentos e medicamentos, o FDA, revogou a autorização do uso da
cloroquina no tratamento da Covid-19.
O uso de cloroquina pelo Albert Einstein vinha sendo citado pelo
governo federal como exemplo de que a substância poderia ser utilizada
em larga escala. Nesta segunda-feira, Élcio Franco foi questionado sobre
se o governo mudaria sua política em relação à substância após a
recomendação contra o medicamento feita pelo hospital.
Ao responder a questão, Élcio Franco disse que o hospital teria recuado sobre a não-utilização da cloroquina.
— Creio que a sua informação está equivocada. Já houve um desmentido
do próprio Albert Einstein quanto ao uso da cloroquina — disse Franco.
Diante da declaração de Franco, a reportagem do GLOBO procurou a assessoria de comunicação do Albert Einstein, em São Paulo.
Segundo a instituição, não houve mudança na política do hospital em relação à cloroquina.
Recentemente, além do FDA ter revogado a autorização do uso do
medicamento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) suspendeu estudos que
vinham sendo feitos com a cloroquina após a constatação de que ela não
apresentava efeitos significativos contra a doença.
O GLOBO
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