A Polícia Federal (PF) prendeu
na manhã desta segunda-feira, 15, em Brasília, a ativista bolsonarista
Sara Winter. A ordem de prisão foi autorizada pelo ministro Alexandre de
Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do inquérito sobre a
organização de atos antidemocráticos. Há outros cinco mandados de prisão
em cumprimento, todos contra lideranças do grupo "300 do Brasil".
O inquérito no qual Moraes decretou as prisões de Sara
Winter e outros cinco lideranças do "300 do Brasil" foi aberto no dia 21
de abril, a pedido do Procurador-Geral da República, Augusto Aras, para
apurar "fatos em tese delituosos" envolvendo a organização de atos no
Dia do Exército (19 de abril) que contaram com palavras de ordem contra o
STF e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, pedidos de intervenção
militar e ainda faixas com inscrições favoráveis a um novo AI-5, o mais
duro ato da ditadura (1964 a 1985). O presidente Jair Bolsonaro
discursou em uma das manifestações.
Ao enviar o pedido de
investigação ao STF, Aras disse que os "fatos em tese delituosos" foram
cometidos "por vários cidadãos, inclusive deputados federais". A
investigação foi aberta para verificar se houve violação à Lei de
Segurança Nacional.
Ao autorizar o inquérito, Moraes destacou que a Constituição "não
permite o financiamento e a propagação de ideias contrárias à ordem
constitucional e ao Estado Democrático, nem tampouco a realização de
manifestações visando o rompimento do Estado de Direito".
Por Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário