Está confirmado. A partir do dia 1º de janeiro o senador potiguar Garibaldi Alves Filho (PMDB) passará a ocupar o cargo de ministro da Previdência. O anúncio foi feito ontem pela presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), após algumas horas de conversa na residência oficial da Granja do Torto. Logo após a confirmação, por volta das 17h30, horário de Brasília, Garibaldi publicou em seu twitter que está diante de um grande desafio.
Na ocasião, segundo a assessoria de imprensa do senador, a presidente eleita já apresentou um panorama sobre a situação do ministério e disse que Garibaldi contará com a ajuda de uma equipe técnica preparada. "De minha parte, quero dizer que cumprirei mais essa missão com a mesma dedicação que sempre mantive à frente dos cargos que ocupei", declarou o futuro ministro.
A reunião que definiu a participação de Garibaldi no ministério de Dilma contou também com a presença de Antônio Palocci, escolhido para ser chefe da Casa Civil. Na última terça-feira, o senador Garibaldi já havia aceitado a indicação da bancada do PMDB no Senado para assumir o Ministério da Previdência e só estava aguardando o convite oficial. "Ela me convidou para a Previdência. Eu aceitei. Ela me disse que esperava que eu continuasse um trabalho que já está sendo realizado, com relação à reforma da gestão da Previdência, no que toca o fim das filas, o pagamento dos benefícios de uma forma mais ágil. Ela espera que eu não apenas continuasse isso, mas que pudesse melhorar", afirmou, em entrevista.
Ao ser indagado se esse era o ministério que ele desejava, Garibaldi afirmou que não poderia querer uma pasta só para ele. "Como é que eu vou ter a pretensão de ter um ministério ideal só para mim. Não posso, né", desconversou. Antes mesmo da oficialização do convite, o deputado estadual Walter Alves (PMDB), filho do senador Garibaldi já estava dando declarações, através do twitter, sobre a atuação do pai no ministério. "Como norteriograndense me orgulho de ter o sen Garibaldi confirmado Ministro da Previdência. Garibaldi ministro irá ajudar muito mais o RN", disse.
Além de Garibaldi, foi confirmada a permanência do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que aceitou o convite durante reunião com a presidente eleita no início desta semana. No encontro, o ministro entregou a Dilma o plano diretor preliminar das Forças Armadas.
"Acho que estou preparado"
Desafio
Ao ser perguntado sobre o tamanho do rombo da Previdência, que hoje chega a mais de R$ 42 bilhões, Garibaldi disse estar desinformado. "O rombo eu não sei", confessou. Independentemente de não conhecer a pasta que irá comandar, ele disse que vai encarar a missão como um desafio. Ele respondeu sem muito segurança que está preparado para exercer o cargo. "Acho que estou. Todos nós temos que um dia responder a um desafio maior", afirmou.
Reforma da Previdência
O peemedebista disse ainda que, na curta conversa, Dilma não abordou a reforma da Previdência, mas garantiu que o colocará em contato com o atual ministro da pasta, Carlos Eduardo Gabas. Quando perguntado se é a favor de uma reforma na Previdência, Garibaldi respondeu que é favorável a uma reforma reforma da legislação, que é mais complexa, isso temos que estudar melhor de gestão. "Já a", destacou.
Fator previdenciário
Sobre as suas primeiras ações à frente da pasta, o futuro ministro disse que vai se inteirar sobre o ministério para tomar medidas concretas. Até então favorável ao fim do fator previdenciário, Garibaldi reconheceu que esse pode ser um ponto de desequilíbrio, mas ponderou que não poderá eliminar o fator de uma hora para outra. "Creio que nós precisamos caminhar. Não vamos, sem ter um diagnóstico, ter condições de anunciar grandes mudanças. É preciso ir paulatinamente", afirmou.
Equipe técnica
Garibaldi disse que caso se encante com o "tecnicismo", ele poderá se transformar em um técnico. Mas, por enquanto, será um ministro político, com a pretensão de se cercar de uma boa equipe. "Ela (Dilma) já me disse, com o conhecimento que tem, que a Previdência já tem hoje uma boa equipe, que vai me ajudar bastante".
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