quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SECA NORDESTINA » Depois do protesto em Brasília, caravana de seridoenses está de volta ao RN

DN Online

Um ônibus com pequenos produtores rurais do Seridó voltou nesta quarta-feira (5) de Brasília para Acari. Eles levaram na bagagem a promessa do Governo Federal de que será buscada uma solução para as dívidas desses agricultores com o Banco do Nordeste. O protesto, realizado ontem (4) reuniu agricultores do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Bahia e chamou a atenção da mídia nacional para o problema.

“Avaliamos que a mobilização foi positiva, pois conseguimos a atenção de mídia, o que levou o ministro Gilberto Carvalho, da secretária-geral da Presidência, a se comprometer em buscar uma solução”, avalia o produtor rural acariense Gustavo Braz, responsável pela organização da caravana potiguar.

 (Wilson Dias / Agência Brasil)
Ontem, cerca de 400 pequenos produtores rurais nordestinos passaram o dia na Praça dos Três Poderes, exibindo carcaças de bois mortos pela seca e fechando uma das vias em frente ao Palácio do Planalto. À tarde, uma comissão foi recebida pelo assessor especial da secretaria-geral José Lopes Feijó. Foi acertado que hoje seria entregue um documento contendo as reivindicações dos produtores. Depois disso, as caravanas voltam para seus estados.

“Vamos dar uma trégua, mas caso o governo não apresente uma solução, voltaremos a protestar”, afirmou Braz, que participou da reunião no Palácio do Planalto e da elaboração do documento. Os pequenos agricultores argumentam que as dívidas contraídas no Banco do Nordeste ficaram impagáveis, principalmente devido à seca prolongada na região. “Estamos tendo as nossas terras sendo executadas, sendo que o governo tinha garantido que isso não ia acontecer”, argumenta o produtor acariense.

Os agricultores querem que a presidente Dilma analise a questão da dívida não só pelo aspecto econômico, mas também pelo aspecto social. Além do perdão dos débitos, querem a abertura de novos financiamentos e o fim das execuções.

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