A Força Aérea Brasileira (FAB) vai divulgar, no próximo dia 6 de
setembro, em coletiva de imprensa, um relatório preliminar sobre
o acidente aéreo da Voepass ocorrido em Vinhedo, interior de São Paulo, no início do mês.
Participarão
da coletiva o chefe do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de
Acidentes Aeronáuticos), Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno, e outros
técnicos e investigadores.
A expectativa é pela divulgação, mesmo
que preliminar, das possíveis causas da queda do avião. Os conteúdos de
duas caixas-pretas seguem em análise, assim como os motores e outras
peças importantes da aeronave.
Sobre o acidente
O avião modelo ATR-72 que saiu do aeroporto regional de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos, despencou quatro mil metros em apenas dois minutos no interior de São Paulo, no dia 9 de agosto.
Os
motores e outras peças importantes para a investigação foram retirados
do local do acidente e encaminhados a uma unidade da Força Aérea
Brasileira no Aeroporto Campo de Marte, na capital paulista. A análise
dos componentes juntamente à extração de dados da caixa-preta, incluindo os diálogos entre piloto e co-piloto, vai revelar se houve alguma pane na aeronave.
Segundo especialistas, a principal hipótese é que uma formação de gelo tenha feito o avião perder velocidade e sustentação, caindo em parafuso.
“É
possível que a formação de gelo tenha contribuído, mas não seja a causa
do acidente. Não podemos descartar nada, pode ser até que tenha
acontecido falha no motor”, explica o perito aeronáutico Daniel
Kalazans.
O modelo ATR-72, de fabricação francesa, tem dois
mecanismos para combater o gelo: um que aquece partes do avião e outro
que quebra o gelo, por meio de uma camada de borracha que infla. O
piloto é o responsável por acionar esses sistemas.
Problemas no motor
Segundo
relatório do Cenipa (Centro de Investigação de Acidentes da Força Aérea
Brasileira), no dia 11 de março deste ano, no aeroporto de Salvador, o
mesmo avião que caiu em Vinhedo apresentou baixo nível de óleo hidráulico, o que indica problemas no motor, e um contato anormal da aeronave com a pista na hora no pouso.
A Voepass não esclareceu ainda que tipo de reparos foram feitos, apenas informou que o avião estava apto para voar.