Sob um forte esquema de
segurança, a equipe responsável pela cerimônia de posse de do presidente
eleito, Jair Bolsonaro, realizou hoje (30), na Esplanada dos
Ministérios, o último ensaio para a posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Após o ensaio, o atual ministro do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, disse que os
preparativos para a cerimônia estão prontos e que não houve grandes
alterações em relação ao previsto no primeiro ensaio.
“A festa
está pronta, será segura e certamente e vamos ter um dia primeiro para
coroar o processo democrático que se iniciou lá atrás no primeiro turno
[das eleições] no dia 7 de outubro”, disse o ministro durante coletiva
com jornalistas.
Questionado se já havia uma decisão sobre a
utilização do desfile em carro aberto no tradicional Rolls-Royce,
Etchegoyen disse não haver decisão sobre o uso do automóvel e que
dependerá da vontade do presidente eleito.
No primeiro ensaio, realizado no último domingo (23), o dublê que
interpretou Bolsonaro fez o trajeto da Catedral Metropolitana até o
Congresso em carro aberto. No ensaio deste domingo, o desfile foi
realizado em carro fechado.
“A decisão do carro aberto ou fechado
será decidida pelo presidente da República em conversa com o general
[Augusto] Heleno [futuro comandante do GSI], já no dia da posse e
conforme as circunstâncias indicarem”, afirmou. “A nossa
responsabilidade, a minha e a do general Heleno, é garantir que a
vontade de 58 milhões de brasileiros se concretize e para isso é preciso
dar segurança”.
Etchegoyen voltou a afirmar que são esperadas
para a posse entre 250 a 500 mil pessoas. O ministro disse também que
não há confirmação sobre a realização de uma cerimônia ecumênica na
Catedral de Brasília.
“Somos um país grande, com significado no
mundo, uma democracia importante que vai comemorar a posse de um
presidente eleito. A nossa responsabilidade é apenas garantir que a
festa esteja segura”, repetiu. “Toda posse é um período de esperança,
independente de quem esteja assumindo, a posso é sempre um momento de
esperança. Essa festa tem que ser garantida com as melhores condições de
segurança”.
O ensaio de hoje fez o mesmo trajeto que Bolsonaro deve seguir no dia
primeiro de janeiro. Pouco depois das 14h30, o dublê do presidente
eleito e a comitiva presidencial, com cavalos e policiais em carros e
motos, saíram da Catedral em direção ao Congresso Nacional.
Além
do desfile em carro fechado, desta vez o o público não teve acesso ao
ensaio. O acesso à Esplanada foi interditado na altura da Rodoviária de
Brasília, com bloqueio aos ministérios e à Praça dos Três Poderes.
Pelo
cronograma, o desfile do cortejo presidencial da catedral até o
Congresso ocorrerá por volta das 14h45, com previsão de início da sessão
solene de posse no Plenário da Câmara dos Deputados às 15h.
Após o
Congresso, foi encenada a ida do presidente ao Palácio do Planalto,
para a passagem da faixa presidencial e, por último, o cortejo chegou ao
Itamaraty, onde será realizada uma recepção para convidados e
diplomatas.
A previsão é que Bolsonaro chegue ao Planalto às 16h30
e receba a faixa presidencial logo em seguida. Na sequência, deverá
fazer um pronunciamento oficial à Nação. A recepção no Itamaraty está
prevista para começar as 19h, após Bolsonaro ter recebido os
cumprimentos de chefes de Governo e Estado e ter nomeado os novos
ministros no Salão Nobre do Palácio do Planalto.
Presente na coletiva de jornalistas, o futuro ministro do GSI,
Augusto Heleno também falou sobre a cerimônia de posse. Ao ser
questionado sobre a presença de militares à paisana entre o público que
deverá comparecer para a posse, Heleno desconversou. “Ações de segurança
e de inteligência têm um caráter sigiloso. Outro dia me perguntaram
quantos vão ter na esplanada: eu não contei. Falei de brincadeira. E se
eu soubesse não diria”, disse.
O futuro ministro também comentou
mensagem de Bolsonaro em uma rede social, na qual o presidente eleito
disse que pretende garantir por meio de decreto a posse de armas de fogo
aos cidadãos sem antecedentes criminais.
O general disse que a
liberação do porte de armas era uma das promessas de campanha de
Bolsonaro e comparou a liberação com o uso de automóveis. De acordo com
Heleno, desde que a posse seja concedida a quem está habilitado
legalmente, ela é semelhante à permissão para conduzir automóveis.
O
ministro disse que a liberação do posse de armas era uma das promessas
de campanha de Bolsonaro e comparou a liberação com o uso de automóveis.
De acordo com Heleno desde que a posse seja concedida a quem está
habilitado legalmente, ela é semelhante à permissão para conduzir
automóveis.
“Ela se assemelha à posse de um automóvel. Muita gente argumenta que a
posse da arma vai aumentar a criminalidade. Os dados são muito
polêmicos em relação a outros países e se formos considerar o número de
vítimas... não vou dizer o número, mas se pegar vai ver que está em
torno de 50 mil vítimas de acidentes de automóvel. Se você for
considerar isso vamos proibir o pessoal de dirigir. Ninguém pode sair de
casa com o carro, porque alguém está correndo o risco de morrer com um
motorista irresponsável”, disse.
Com informações da Agência Brasil.