Foto: Arquivo/Guilherme Cunha/Alerj
O ex-policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como
“Ferreirinha”, e a advogada Camila Nogueira foram condenados na
quarta-feira (29) pela Justiça do Rio de Janeiro por obstruir as
investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista
Anderson Gomes, em março de 2018.
A pena definida para ambos foi de quatro anos e seis meses de prisão,
a princípio em regime fechado — com possibilidade de progressão de
regime durante a reclusão.
Um relatório da Polícia Federal sobre a investigação dos
assassinatos apontou que o ex-PM Ferreirinha mentiu ao acusar, em
depoimento à polícia, o miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando
Curicica, de ter planejado o crime junto com o vereador Marcelo
Siciliano.
De acordo com as investigações, Ferreirinha era
segurança de Curicica, e estava com medo de ser assassinado depois de
romper com a milícia chefiada por ele. Em depoimento à Polícia Federal,
Ferreirinha admitiu que mentiu na ocasião.
Camila Nogueira também confessou à PF que arquitetou o plano
junto com Ferreirinha. No entanto, ao serem interrogados na Justiça, os
dois negaram essa versão dada aos policiais federais. Mesmo assim, o
juiz entendeu que as provas dos autos eram suficientes para condená-los.
Além deles, Maxwell Simões Corrêa, o “Suel”, também foi preso
acusado de participação no assassinato. Ele foi acusado de atrapalhar as
investigações por ajudar a sumir com a arma do crime. Neste ano,
Edilson Barbosa dos Santos, o “Orelha”, foi detido apontado como dono de
um ferro-velho que colaborou com o desmanche do carro usado no crime.
Com informações do SBT News