quinta-feira, 25 de julho de 2013

Francisco deixa papamóvel e abençoa cadeirante

A segurança até que tentou, mas o papa Francisco queria mesmo era quebrar protocolos. Na segunda oportunidade que teve de se aproximar do povo no Brasil, o pontífice pediu até para descer do papamóvel. Foi no trajeto ao heliponto da Basílica, quando se preparava para deixar Aparecida na tarde de ontem, 24.

Quando viu um adolescente cadeirante à sua espera no gradil, o santo padre pôs as mãos nas costas do motorista, que freou, e foi na direção do jovem, apesar da chuva. “Tremi de emoção”, disse Warlem Damião Ferreira, de 14 anos, que vestia a camiseta oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Para o adolescente, os gestos do papa são a prova de que vale a pena ter fé. “Ele veio até mim depois que dei tchau para ele. Foi uma surpresa tão boa. Queria tanto ver o papa. A gente tem de acreditar mesmo”, afirmou.

Inesperada, a atitude de Francisco provocou um corre-corre na Rua Barão do Rio Branco, onde fica o Seminário Bom Jesus - local onde ele almoçou e descansou por duas horas.

Surpreendidas, as pessoas que acompanhavam sua passagem chegaram a pensar que o papa andaria entre os fiéis, dando beijos e bênçãos.

Sem perder tempo, Douglas Bastos, de 39 anos, levantou o filho Rafael, de 2, que conseguiu beijar o papa. “Ele estava ali parado diante de nós. Levantei meu filho e o papa o abençoou. Tivemos muita sorte”, afirmou.

Improviso

Simples, bem-humorado e aparentando disposição, o santo padre já improvisou logo que desembarcou do jato da Força Aérea Brasileira (FAB) em São José dos Campos, a 80 km de Aparecida, por volta das 9h10. Em vez de seguir direto para um helicóptero militar que o levaria ao Santuário, ele resolveu caminhar até perto das grades do aeroporto onde, do lado de fora, cerca de 300 fiéis o esperavam. Na volta, fez o mesmo gesto e cumprimentou o povo.

Já no estacionamento do Santuário Nacional, o papa foi mais contido. Ele apenas acenou, fez “joinha” e, como de costume, parou para beijar crianças levadas até ele no papamóvel.

Por onde passava, o papamóvel deixava um rastro de comoção. Mesmo após entrar no seminário, milhares de fiéis permaneceram nas ruas cantando e rezando por quase três horas, até Francisco iniciar, às 15h50, seu percurso de volta. Em todas as ruas do centro, devotos comemoravam a alegria do papa ao visitar Nossa Senhora, chamada por ele de mãe e rainha.

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