Cristãos e homens de boa vontade “são
chamados hoje a lutar não somente pela abolição da pena de morte”, em
“todas as suas formas”, mas também pela melhoria das “condições
carcerárias”. Essa é uma das passagens centrais do discurso do papa
Francisco nessa quinta-feira (24), no Vaticano, a um grupo de juristas
da Associação Internacional de Direito Penal.
A voz do Papa elevou-se também contra o
fenômeno do tráfico de pessoas e a corrupção. Toda aplicação da pena,
afirmou, deve ser feita de modo gradual, sempre inspirada no respeito à
dignidade humana. A prisão perpétua é uma “pena de morte dissimulada”,
por isso fiz com que ela fosse eliminada do Código Penal Vaticano. A
afirmação espontânea, feita pelo Papa Francisco, se insere num intenso,
minucioso e atento exame sobre como os Estados tendem hoje a fazer
respeitar a justiça e a impor as penas. O papa falou com a sua habitual
clareza e franqueza e não poupou críticas aos nossos tempos em que,
afirmou, a política e a mídia muitas vezes incitam “à violência e à
vingança pública e privada”, sempre em busca de um bode expiatório.
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