Além do padre, o casal Joselin Joana de Oliveira e Eduardo José dos Santos foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico
Do JC Online
Com informações da repórter Bianca Bion Foto: Bianca Bion/JC
Foram apreendidos 176 quilos de maconha com um ex-padre dentro Igreja de São Judas Tadeu, em Pontezinha, Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. O material estava escondido no altar, perto de imagens de santos. O religioso Mário Roberto Gomes de Arruda, 44 anos, e o casal Joselin Joana de Oliveira, 20 anos, e Eduardo José dos Santos, também 20 anos, foram presos e apresentados pelo Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). Eles recebiam e distribuíam a droga. Além da maconha, foram apreendidos um revólver calibre 32 e a carteira de autoridade eclesiástica do ex-padre.
O ex-padre, Joselin e Eduardo foram
autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Além dessas
acusações, o ex-padre também foi autuado por porte ilegal de arma de
fogo. O bispo da Igreja de Nossa Senhora da Conceição no Jordão, Zona
Sul do Recife, superior da Igreja de São Judas Tadeu, alegou que Mário
Roberto o ameaçou, dizendo que se ele o tirasse da paróquia de
Pontezinha, atiraria no bispo.
Mário Roberto informou a polícia que não
saberia reconhecer o traficante que forneceu a maconha. A polícia disse
que esta foi a segunda vez que Mário recebeu a droga na igreja. Esta
não foi uma ação isolada, pois é investigado o tráfico de drogas na
região. Segundo o Denarc, essa é a maior apreensão da droga no ano. Os
dois homens foram encaminhados para o Centro de Triagem (Cotel), em
Abreu e Lima, e a mulher para o Bom Pastor.
O ex-padre veio a Pernambuco após ser
expulso, há 2 anos e 2 meses, da Igreja Católica Apostólica Romana de
Juiz de Fora, em Minas Gerais. Aqui, ele entrou em contato com a Igreja
Católica Apostólica Brasileira e pediu permissão para atuar na paróquia,
já que ele e a família são de Jaboatão dos Guararapes.
Os fiéis da Igreja de São Judas Tadeu
disseram que o ex-padre costumava se apresentar bêbado. Há sete meses,
ele acabou expulso também da Igreja Brasileira, por incontinência,
desobediência e maus hábitos. Após a expulsão, o ex-padre se recusou a
deixar a igreja e continuou morando no local. Nesta quinta-feira (20),
chegou a ordem de despejo, quando a droga foi encontrada.
Segundo a população de Pontezinha, Mário
e Eduardo mantinham um relacionamento. A igreja recebeu informações de
que o padre é homossexual, mas não comprovou.
O ex-padre montou, após a expulsão da
Igreja Brasileira, a Associação da Ordem Beneditina Missionária, através
da Igreja Católica Apostólica Americana, submetida a uma igreja em
Vitória da Conquista, na Bahia.
A Arquidiocese de Olinda e Recife emitiu uma nota de esclarecimento sobre o caso.
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