São cumpridos 17 mandados de prisão preventiva, 11 de prisão temporária e 30 mandados de busca e apreensão
Uma
quadrilha suspeita de fraudar concessões de benefícios previdenciários,
como aposentadorias e pensões, foi desarticulada na manhã desta
quarta-feira (9) na Operação Fanes, deflagrada pela Polícia Federal, com
apoio do Ministério Público Federal e do Ministério da Previdência
Social.
As fraudes
foram descobertas no ano passado e a Polícia Federal estima que, desde
então, mais de R$ 3 milhões tenham sido desviados dos cofres públicos.
Quando considerada a expectativa de vida dos supostos beneficiários,
tanto dos benefícios concedidos já indicados como fraudulentos, quanto
daqueles que passarão por auditoria, o prejuízo evitado poderá
ultrapassar os R$ 100 milhões.
São cumpridos
17 mandados de prisão preventiva, 11 de prisão temporária e 30 mandados
de busca e apreensão, nas cidades de João Pessoa, Campina
Grande, Cajazeiras, Patos, Puxinanã, Mogeiro, Caturité e Recife.
Participam da operação 140 policiais federais e 16 servidores da
Previdência Social. Todos os mandados foram expedidos pela 6ª Vara
Federal da Seção Judiciária da Paraíba em Campina Grande.
Segundo a
Polícia Federal, a organização criminosa utilizava documentação
fraudulenta para comprovar o exercício de atividade rural e, em muitos
casos, chegava a conceder benefício rural com base apenas em entrevista,
sem juntar qualquer documentação. Imediatamente após a concessão eram
incluídos empréstimos consignados, primordialmente por meio de
operadoras de crédito e financeiras.
Outra forma de
atuação era a concessão de pensões previdenciárias por morte, baseadas
em documentos irregulares, criando, por intermédio de documentos falsos,
tanto o instituidor (falecido) quanto o beneficiário.
Os investigados
na Operação Fanes responderão pelos crimes de Organização Criminosa,
Lavagem de Dinheiro, Inserção de Dados Falsos em Sistema de Informação e
Estelionato.
Detalhes da
investigação e resultados da operação serão divulgados na tarde desta
quarta-feira, em coletiva de imprensa na Delegacia de Polícia Federal em
Campina Grande.
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