terça-feira, 6 de outubro de 2015

Crimes de pedofilia na internet disparam no RN, alerta delegado da PF

Investigações recentes identificaram mais de 30 alvos de uma rede de distribuição de material pornográfico com crianças e adolescentes


Por Dinarte Assunção/Portal no Ar

Delegado Márcio Tenório: RN é um dos locais onde mais se comete crime de pedofilia na web. (Foto: João Gilberto)

Delegado Márcio Tenório: RN é um dos locais onde mais se comete crime de pedofilia na web. (Foto: João Gilberto)A prática de crimes cibernéticos relacionados à pedofilia tem crescido no Rio Grande do Norte, alertou nesta segunda-feira (5) o delegado da Polícia Federal Márcio Tenório. Convidado para a audiência da CPI de Crimes Cibernéticos, que se instalou em Natal, ele chamou atenção para o fato.
“Não tínhamos conhecimento de que as coisas estavam nesse patamar. Não dá para quantificar, mas falando pela amostragem que temos do que investigamos, o Rio Grande do Norte deve estar hoje entre os primeiro no país em crimes de pedofilia na internet. O tráfego é muito grande. Aqui as coisas cresceram”, revelou o delegado.
Segundo explicou ao portalnoar.com, as investigações recentes identificaram mais de 30 alvos de uma rede de distribuição de material pornográfico com crianças e adolescentes. “Só com uma única pessoa aprendemos 170 gigabytes de conteúdo criminoso”, comentou o delegado.
Para se ter ideia da quantidade de material, 170 gigabytes equivalem a 56 mil fotos ou a 170 filmes com qualidade de alta resolução.
Perfil
Que perfil têm, afinal, os pedófilos que assombram a internet? “É difícil identificar as pessoas no mundo virtual. Mas elas guardam algumas semelhanças. Têm, em geral, entre 30 e 60 anos. São pessoas bem estabelecidas, empregadas e bem estáveis familiarmente. São acima de qualquer suspeita”, explicou Tenório.
Na opinião dele, o Estado tem despontado nessa prática de crimes em razão da universalização da internet, para a qual ele defende controles.
“Não estou falando de limitar o acesso. Democratizar a internet é algo que não tem volta e deve ser assim. Mas devemos aprimorar os meios de investigação. Quando avançamos sobre o crime, ele se sofistica ainda mais e inventa meios para fugir do monitoramento”, concluiu o delegado.



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