O Estado de S.Paulo
O juiz da 14ª Vara Federal de Curitiba, Marcos Josegrei da Silva,
responsável pela operação hashtag, que levou à prisão 10 suspeitos de
terrorismo nesta quinta-feira, negou que o preso no Paraná seja o líder
do grupo, como aventou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.
Para o juiz, “é difícil falar em liderança, na medida em que não há
uma organização bem definida. Eles compartilharam vídeos que circulam na
internet ou em grupos fechados, elementos que foram usados como
indícios para a acusação”, explicou. Segundo o juiz, as investigações
começaram em abril deste ano, já baseadas na nova legislação antiterror.
Os suspeitos estão sendo investigados por “integrar o promover
organização terrorista, e iniciar atos preparatórios tendentes à prática
de terrorismo”.
Para Josegrei da Silva, não é possível afirmar que havia um alvo
delimitado, mas houve conversas no sentido de que os Jogos Olímpicos do
Rio, que começam no dia 5 de agosto, seriam uma oportunidade de atentar
contra países da coalizão que são inimigos do Estado Islâmico, embora o
Brasil não seja um destes países.
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