quarta-feira, 6 de novembro de 2019

Conflito de versões entre polícia e Ministério Público renova disposição da PGR de federalizar caso Marielle


conflito de versões da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio sobre a obtenção da planilha que vinculou o nome de Jair Bolsonaro a um suspeito do assassinato de Marielle Franco renovou a determinação da Procuradoria-Geral da República de buscar a federalização do caso, dizem integrantes do órgão. A avaliação é a de que o pedido para tirar a investigação das mãos do estado, feito por Raquel Dodge logo no início da apuração, poderia morrer de inanição, mas, agora, deve ser reforçado.
A avaliação de integrantes do Ministério Público Federal é a de que, agora, todas as condições estão dadas para uma mudança de patamar da investigação.
Folha revelou nesta terça (5) que a Polícia Civil tem desde novembro do ano passado a planilha que apontou a casa do presidente como a que autorizou o ingresso de um suspeito de matar Marielle no condomínio em que os Bolsonaros moravam no Rio.
A documentação, ainda segundo apuração da Folha, teria sido enviada ao Ministério Público do Rio em março deste ano. Recentemente, porém, o órgão disse só ter tido acesso às planilhas no mês passado.
O procurador Douglas Araújo foi sorteado para comandar procedimento aberto pela PGR após o Ministério Público do Rio ter dito que o porteiro que anotou o número da casa de Bolsonaro na planilha do condomínio mentiu. Sergio Moro (Justiça) solicitou a apuração. E é este o caso sob a alçada de Araújo.

O pedido de federalização está nas mãos de Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça. Segundo colegas, ela pretende levar o caso a julgamento ainda esse ano.
PAINEL / FOLHA

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