O lar deveria ser o “porto seguro” de qualquer indivíduo. Local de
amor, aconchego, segurança. No entanto, milhares são reféns da violência física
e/ou psicológica praticada dentro da própria casa por parentes civis, como
maridos ou sogras, e até mesmo naturais, como mães e filhos. Nesta quinta-feira
(24), a Diaconia dá mais um passo no enfrentamento à violência doméstica com a
capacitação de 25 profissionais na metodologia “Nem Tão Doce Lar”
(NTDL), uma mostra itinerante que alerta, sensibiliza e orienta a população
para a problemática. O curso acontece das 8h às 17h, no escritório da entidade
em Umarizal, no Oeste Potiguar.
“A NTDL é uma mostra itinerante que
possibilita a discussão e o enfrentamento à violência de uma forma mais
popular, ao levar para o espaço público uma típica casa familiar, com
informações e imagens que denunciam a violência sofrida por mulheres, crianças
e jovens. A partir dessa capacitação, esperamos que a metodologia seja aplicada
em todos os espaços onde a Diaconia está inserida, provocando o debate e
trabalhando, de forma ampla, a questão da violência domestica”, explica a assessora
político-pedagógico da Diaconia no Oeste Potiguar, Djuliane Mcnamara,
acrescentando que a oficina será facilitada pelo assessor técnico da Fundação
Luterana de Diaconia (FLD), Rogério Aguiar.
Participam da formação funcionários/as dos
quatro territórios de atuação da Diaconia -regiões metropolitanas de Recife
(PE) e Fortaleza (CE); Sertão do Pajeú (PE) e Oeste
Potiguar (RN) ) -, além de representantes de Igrejas, Fórum dos Direitos da
Criança e Adolescente (Fórum DCA) de Umarizal, Câmaras Temáticas de Juventude
(Fortaleza) e Gênero (Umarizal), Núcleo de Gênero, Assitência ATER e
Coordenadoria da Mulher
de Afogados da Ingazeira (PE), Diretoria da Mulher de Carnaíba (PE) e Centro de
Referência Especializado em Assistência Social (Creas) de Umarizal.
NTDL - A mostra Nem Tão Doce Lar nasceu a partir de
uma exposição internacional chamada Rua das Rosas (Rosenstrasse), criada pela
antropóloga alemã Una Hombrecher, com o apoio da agência Pão para o Mundo
(PPM). Adaptada no Brasil pela FLD, a mostra reproduz o ambiente de uma casa
onde, apesar da ordem aparente, é possível identificar sinais e provas de
violência. Junto a facas, panelas, vassouras, livros, cintos e entre outros
objetos utilizados para constranger, machucar e até matar são expostos cartazes
com informações e imagens que denunciam a violência sofrida por mulheres,
crianças, jovens e pessoas idosas.
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