Marcos Corrêa/PR
A TV Globo reagiu à divulgação das mensagens trocadas entre Jair Bolsonaro e Gustavo Bebianno,
reveladas pela revista “Veja” nesta terça-feira (19). Nas conversas, a
emissora é apontada pelo presidente da República como “inimiga” do
governo.
Na ocasião, Bolsonaro ficou irritado com uma reunião de Bebianno
agendada com Paulo Tonet Camargo, vice-presidente de relações
institucionais do Grupo Globo.
"Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do
Planalto? Eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para
as outras emissoras? Que nós estamos se aproximando da Globo. Então não
dá para ter esse tipo de relacionamento. Agora… Inimigo passivo, sim.
Mas trazer o inimigo para dentro de casa é outra história. Pô, cê tem
que ter essa visão, pelo amor de Deus, cara. Fica complicado a gente ter
um relacionamento legal dessa forma porque cê tá trazendo o maior cara
que me ferrou – antes, durante, agora e após a campanha – para dentro de
casa. Me desculpa. Como presidente da República: cancela, não quero
esse cara aí dentro, ponto final. Um abraço aí", disse Bolsonaro ao
agora ex-ministro.
Em nota enviada ao colunista Maurício Stycer,
do UOL, a Globo disse que "considera que não tem nem cultiva inimigos" e
que são "rotineiras" as visitas de diretores da empresa "a autoridades
de diferentes poderes".
Confira abaixo a nota:
"O Grupo Globo considera que não tem nem
cultiva inimigos. A própria natureza de sua atividade jamais permitiria
qualquer postura em contrário. Hoje, como sempre, sua missão é levar ao
público jornalismo independente – dando transparência a tudo o que é
relevante para o País – e entretenimento de qualidade. Continuaremos a
trabalhar nesta mesma direção. A visita de Paulo Tonet Camargo,
Vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, ao então
ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno,
constava da agenda pública do ministro, divulgada na internet. Visitas
de diretores do Grupo Globo a autoridades dos diferentes poderes,
servidores públicos, executivos de empresas e representantes da
sociedade civil são rotineiras. E, nesse aspecto, não nos diferenciamos
de qualquer grupo empresarial que pretenda ouvir todas as vozes de uma
sociedade livre, de forma transparente e com agenda pública, mantendo
relações estritamente institucionais e republicanas".
Com informações do Notícias Ao Minuto
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