danilo verpa / folha pressJosé Luiz Datena entrevista José Serra, que evita confronto direto com o presidente Lula
De
acordo com o tucano, o Ministério da Justiça “não foi feito
diretamente” para combater o crime. Segundo Serra, a luta contra o
crime deve ser da responsabilidade de um novo ministério. “Repressão e
enfrentamento do crime têm de ser feitos por um ministério
especializado”, defendeu, ressaltando que o governo federal necessita
de um órgão que “reorganize todo o sistema de segurança do País”. Serra
disse ainda que “bandido tem de ser enfrentado com dureza”. “Você tem
de engaiolar”, afirmouO tucano citou casos de notoriedade pública, como o de Guilherme de Pádua, assassino de Daniela Perez, em 1992, e de Champinha, que matou Liana Friedenbach em 2003. “Aquele rapaz que matou a filha da Glória Perez, eu fico revoltado. O problema no Brasil é impunidade”, afirmou. “Nós impedimos que o Champinha fosse solto”, disse, citando que o adolescente seria solto depois de cumprir pena na Fundação Casa (antiga Febem) e completar maioridade, mas acabou sendo internado por tempo indeterminado na clínica psiquiátrica do Hospital de Tratamento e Custódia, por interferência do Estado.De acordo com Serra, é falso o dilema entre construir escolas e prisões. “É um dilema falso, tem de fazer as duas”, afirmou. “O governo federal tem de entrar como coordenador na questão da segurança. Tem de entrar a todo vapor nisso, a situação no Brasil é gravíssima.”
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República evitou, durante a entrevista a Datena, entrar no debate sobre a falta de experiência pública de sua principal adversária na corrida eleitoral, a ex-ministra Dilma Rousseff (PT). Em entrevista ao programa “Brasil Urgente”, apresentado por José Luiz Datena, o tucano disse que nunca acusou Dilma de não ter experiência nem irá julgar se tem mais experiência que a ex-ministra durante a campanha política. “Eu não bati nessa tecla. Não sou eu que vou julgar se tenho mais experiência que ela”, afirmou.
Serra também evitou entrar em confronto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e enfatizou que vai disputar o cargo com Dilma e com a senadora Marina Silva (PV). O ex-governador de SP destacou que o debate entre as propostas dos presidenciáveis será feito com base no presente e no futuro, e não no passado. “A disputa nessa eleição não é com o Lula, é com a Dilma”, disse ele, destacando que tem uma relação muito boa com o presidente, dono dos maiores níveis de popularidade no País. “Lula não é candidato, nem FHC”, declarou. “O Brasil deve se preparar para decidir entre as pessoas que aqui estão, que são a Marina, a Dilma e eu”.
fonte:TN
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