Para alertar a população do
Rio Grande do Norte sobre os perigos das queimaduras, o Centro de
Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel,
inicia na próxima segunda-feira (31) a Semana de Prevenção de
Queimaduras.
Até o dia 6 de junho (Dia Nacional de Combate a Queimaduras) o CTQ realizará, com pacientes, acompanhantes e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), um trabalho de conscientização através de rodas de conversa, palestras e oficinas. Dos tipos de acidentes ocorridos em casa, as queimaduras com líquido superaquecido são as que registram maior número no Centro. Mais, inclusive, que os acidentes com fogos no período junino.
A constatação é realmente assustadora. Nos últimos seis anos o Walfredo registrou um aumento de 470 % no número de atendimentos a pessoas vítimas de queimaduras. Em 2005 foram 140 atendimentos. Em 2006 este número subiu para 440 pacientes. Em 2007, foram 461 queimados e em 2008 outros 433. No ano passado, o contingente de pacientes registrou mais uma alta: foram 658 vítimas.
O aspecto menos grave dos dados acima é a diminuição do número de acidentes com fogos de artifício. Até abril deste ano, apenas quatro ocorrências foram registradas pelo Centro. “A mídia tem ajudado bastante no aspecto da prevenção na época junina. Os pais devem estar sempre alerta na hora de soltar os fogos”, aconselha a enfermeira chefe do CTQ, Camila Alves.
Mas, enquanto os pais parecem estar mais atentos as brincadeiras preferidas pelas crianças no período junino, os pequenos não tem tido tanta sorte dentro de casa. O ambiente que deveria ser considerado o mais seguro para eles, transformou-se em um local propício a queimaduras de segundo e/ou terceiros graus. Os acidentes com líquido superaquecido nos últimos anos tem sido responsável por grande parte dos atendimentos do Centro. De janeiro a dezembro de 2009 as queimaduras provocadas dentro de casa levaram 174 pessoas ao CTQ.
Segundo a psicóloga do CTQ, Jésia Barbosa, “as questões emocionais que envolvem o paciente queimado são de grande intensidade, principalmente, naqueles em que as marcas físicas são irrecuperáveis, chegando até mesmo a amputação”, adverte.
Ela ainda explica que “todos os pacientes identificados como médios e grandes queimados necessitam de acompanhamento psicológico. Eles são submetidos a tratamentos prolongados, a um incômodo convívio com a dor durante seu período de recuperação, a perda da auto-estima pela alteração da sua aparência e, muitas vezes, da incapacidade de retomar atividades anteriores ao acidente, como sua rotina de trabalho”.
“Acidentes dentro de casa podem acontecer ao menor sinal de distração. Não é necessário muito tempo para que uma criança se machuque, claro que, sem querer. Panelas quentes em cima do fogão, depósitos ou pratos com sopa em cima de uma mesa, são ‘oportunidades’ para que um pequenino se queime”, alerta a diretora geral do hospital Walfredo Gurgel, Hélida Maria Bezerra.
As queimaduras envolvendo líquido superaquecido, na maioria das vezes, são de segundo ou terceiro grau, dependendo da temperatura do líquido no momento do acidente. A recuperação geralmente dura meses e as seqüelas ficam para toda a vida. “O estado emocional de uma criança sempre fica comprometido depois de uma queimadura de grande porte. Pois mesmo com a pele reconstituída, após um longo período de recuperação, as marcas ficarão para que, sempre que a criança olhar, se lembre do que aconteceu. E é muito doloroso conviver e crescer com uma lembrança tão ruim, diz a diretora.
DICAS DE COMO EVITAR ACIDENTES EM CASA
-Não cobrir a mesa do jantar com toalhas grandes que ultrapassem as bordas do móvel;
-Cabos de panelas devem estar sempre voltados para dentro do fogão;
-Não permitir que uma criança entre no ambiente da cozinha, principalmente, se estiver correndo pela casa;
-Não deixar tomadas desencapadas ao livre alcance das crianças;
-Caso ocorra uma queimadura, resfriar o local atingido com água gelada corrente, cobrir o ferimento e levar imediatamente a um centro especializado;
-Evitar usar produtos caseiros como pasta de dente, casca de banana, pó de café, manteiga, entre outros
Fonte: Agência RN
Até o dia 6 de junho (Dia Nacional de Combate a Queimaduras) o CTQ realizará, com pacientes, acompanhantes e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), um trabalho de conscientização através de rodas de conversa, palestras e oficinas. Dos tipos de acidentes ocorridos em casa, as queimaduras com líquido superaquecido são as que registram maior número no Centro. Mais, inclusive, que os acidentes com fogos no período junino.
A constatação é realmente assustadora. Nos últimos seis anos o Walfredo registrou um aumento de 470 % no número de atendimentos a pessoas vítimas de queimaduras. Em 2005 foram 140 atendimentos. Em 2006 este número subiu para 440 pacientes. Em 2007, foram 461 queimados e em 2008 outros 433. No ano passado, o contingente de pacientes registrou mais uma alta: foram 658 vítimas.
O aspecto menos grave dos dados acima é a diminuição do número de acidentes com fogos de artifício. Até abril deste ano, apenas quatro ocorrências foram registradas pelo Centro. “A mídia tem ajudado bastante no aspecto da prevenção na época junina. Os pais devem estar sempre alerta na hora de soltar os fogos”, aconselha a enfermeira chefe do CTQ, Camila Alves.
Mas, enquanto os pais parecem estar mais atentos as brincadeiras preferidas pelas crianças no período junino, os pequenos não tem tido tanta sorte dentro de casa. O ambiente que deveria ser considerado o mais seguro para eles, transformou-se em um local propício a queimaduras de segundo e/ou terceiros graus. Os acidentes com líquido superaquecido nos últimos anos tem sido responsável por grande parte dos atendimentos do Centro. De janeiro a dezembro de 2009 as queimaduras provocadas dentro de casa levaram 174 pessoas ao CTQ.
Segundo a psicóloga do CTQ, Jésia Barbosa, “as questões emocionais que envolvem o paciente queimado são de grande intensidade, principalmente, naqueles em que as marcas físicas são irrecuperáveis, chegando até mesmo a amputação”, adverte.
Ela ainda explica que “todos os pacientes identificados como médios e grandes queimados necessitam de acompanhamento psicológico. Eles são submetidos a tratamentos prolongados, a um incômodo convívio com a dor durante seu período de recuperação, a perda da auto-estima pela alteração da sua aparência e, muitas vezes, da incapacidade de retomar atividades anteriores ao acidente, como sua rotina de trabalho”.
“Acidentes dentro de casa podem acontecer ao menor sinal de distração. Não é necessário muito tempo para que uma criança se machuque, claro que, sem querer. Panelas quentes em cima do fogão, depósitos ou pratos com sopa em cima de uma mesa, são ‘oportunidades’ para que um pequenino se queime”, alerta a diretora geral do hospital Walfredo Gurgel, Hélida Maria Bezerra.
As queimaduras envolvendo líquido superaquecido, na maioria das vezes, são de segundo ou terceiro grau, dependendo da temperatura do líquido no momento do acidente. A recuperação geralmente dura meses e as seqüelas ficam para toda a vida. “O estado emocional de uma criança sempre fica comprometido depois de uma queimadura de grande porte. Pois mesmo com a pele reconstituída, após um longo período de recuperação, as marcas ficarão para que, sempre que a criança olhar, se lembre do que aconteceu. E é muito doloroso conviver e crescer com uma lembrança tão ruim, diz a diretora.
DICAS DE COMO EVITAR ACIDENTES EM CASA
-Não cobrir a mesa do jantar com toalhas grandes que ultrapassem as bordas do móvel;
-Cabos de panelas devem estar sempre voltados para dentro do fogão;
-Não permitir que uma criança entre no ambiente da cozinha, principalmente, se estiver correndo pela casa;
-Não deixar tomadas desencapadas ao livre alcance das crianças;
-Caso ocorra uma queimadura, resfriar o local atingido com água gelada corrente, cobrir o ferimento e levar imediatamente a um centro especializado;
-Evitar usar produtos caseiros como pasta de dente, casca de banana, pó de café, manteiga, entre outros
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