sábado, 9 de abril de 2011

Papa pede não à violência

Tragédia em escola no Rio O papa Bento 16 enviou mensagem de solidariedade às famílias das crianças mortas por um atirador na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro. A mensagem foi encaminhada ao arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta e repassado ao governador Sérgio Cabral (PMDB).

Na mensagem, o papa Bento 16 deseja que as crianças que ficaram feridas se recuperem rapidamente e convida todos os cariocas a dizer não à violência (leia abaixo).
Na próxima quarta-feira (13), o arcebispo dom Orani Tempesta celebra missa às 9h em homenagem às vítimas, no pátio da escola onde ocorreu o massacre.
Em nota divulgada na quinta-feira (7), dom Orani lamentou o ocorrido e disse rezar pela dor de todos que foram vitimados, pais, familiares e amigos. "Peço ao Senhor Jesus, neste tempo de Quaresma, que a todos conforte, e envio também uma bênção especial, pedindo a Deus que tal fato não volte a acontecer em nossa cidade".
Confira a mensagem na íntegra:
"Profundamente consternado pelo dramático atentado realizado contra crianças indefesas em um colégio municipal no bairro do Realengo, Sumo Pontífice deseja assegurar através de Vossa Excelência Revma. sua solidariedade e conforto espiritual às famílias que perderam seus filhos e toda a comunidade escolar com votos de pronta recuperação dos feridos. Santo Padre convida todos os cariocas, diante desta tragédia, a dizer não à violência que constitui caminho sem futuro, procurando construir uma sociedade fundada sobre a justiça e o respeito pelas pessoas, sobretudo os mais fracos e indefesos. Em nome de Deus para que a esperança não esmoreça nesta hora de prova e faça prevalecer o perdão e o amor sobre o ódio e a vingança, Sua Santidade Papa Bento 16 concede-lhes uma confortadora Bênção Apostólica."
CRIME
A tragédia ocorreu por volta das 8h30 de quinta-feira (7), após Wellington Menezes de Oliveira, 23, entrar na escola onde cursou o ensino fundamental e dizer que buscaria seu histórico escolar. Depois, disse que daria uma palestra e, já em uma sala de aula, começou a atirar nos alunos.
Relatos de sobreviventes afirmam que ele mirava na direção das meninas. Uma das alunas contou aos policiais que, ao ouvir apelos para não atirar, Oliveira mirava na direção delas, tendo como alvo a cabeça.
Os policiais informaram ainda que, pelas análises preliminares, há indicações de que Oliveira treinou para executar o crime.
Durante o tiroteio, um garoto, ferido, conseguiu escapar e avisar a Polícia Militar. O policial Márcio Alexandre Alves relatou que Oliveira chegou a apontar a arma para ele quando estava na escada que dá acesso ao terceiro andar do prédio, onde alunos estavam escondidos. O policial disse ter atirado no criminoso e pedido que ele largasse a arma. Em seguida, Oliveira se matou com um tiro na cabeça.
A motivação do crime será investigada. De acordo com a polícia, o atirador usou dois revólveres e tinha muita munição. Além de colete a prova de balas, usava cinturão com armamento. Em carta (leia íntegra aqui), o criminoso fala em "perdão de Deus" e diz que quer ser enterrado ao lado de sua mãe.
A escola atende estudantes com idades entre 9 a 14 anos --da 4ª a 9ª série, segundo a Secretaria Municipal da Educação. São 999 alunos, sendo 400 no período da manhã.

Danilo Verpa/Folhapress
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Fonte:1.folha.uol.com.br


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