A Copa do Mundo de futebol feminino começa a ser disputada neste domingo
e traz um grande desafio para o Brasil: a conquista de seu primeiro
título. Vice em 2007, ao perder para a Alemanha na final, as brasileiras
terão a missão de fazer história e para isso apostam em Marta, melhor
jogadora do mundo em atividade.
Mas Marta sabe que terá
dificuldades pela frente. A começar pela anfitriã, a Alemanha, apontada
como grande favorita. A Noruega também é forte. "Vamos enfrentar rivais
de primeira linha no futebol mundial e sabemos que os problemas serão
enormes. Mas o Brasil chega muito bem credenciado e estamos confiantes".
O
Brasil jamais ficou de fora de uma Copa do Mundo feminina, que atinge
agora a sua sexta edição. Além das brasileiras, apenas Alemanha, Canadá,
Japão, Nigéria, Noruega e Suécia jogaram todos os torneios disputados
até hoje.
O TIME ATUAL
Comandada pelo técnico Kleiton Lima, a
seleção brasileira tem tudo para fazer bonito e passar pelo Grupo D. A
principal rival nesta etapa deverá ser a Noruega, embora a estreia
contra a Austrália, no dia 29 de junho, tem tudo para ser tensa, devido à
forte marcação das rivais. A "baba" do grupo deverá ser mesmo a última
rival: Guiné Equatorial.
A seleção brasileira tem em Marta a sua
principal aposta, mas também conta com atletas de ponta para o restante
do conjunto, como a goleira Bárbara e a atacante Cristiane. O time base
é: Bárbara, Aline Pellegrino, Renata Costa, Érika e Fabiana; Francielle,
Ester, Rosana e Bia; Cristiane e Marta.
O BRASIL NOS MUNDIAIS
1991
- Comandada pelo técnico Fernando Pires, a seleção brasileira não
conseguiu passar da primeira fase na China. Apesar de ter estreado com
triunfo de 1 a 0 sobre o Japão, o Brasil foi facilmente goleado pelos
Estados Unidos por 5 a 0 e depois caiu diante da Suécia: 2 a 0. O time
contava com figuras que fizeram história com a camisa amarelinha, como a
goleira Meg, a meia Pretinha e a atacante Roseli.
1995 - Quatro
anos depois, na Suécia, nova decepção para o Brasil, que novamente não
passou da primeira fase. As comandadas do técnico Ademar Fonseca, que
tinham em seu elenco a meia Sissi como atração, surpreenderam ao
estrearem com triunfo por 1 a 0 sobre a poderosa Suécia. Mas uma derrota
para o Japão por 2 a 1, logo em seguida, forçou uma tarefa impossível
de ser realizada: bater a Alemanha, então campeã do mundo. Resultado: a
seleção brasileira acabou humilhada pelas alemãs com uma goleada por 6 a
1.
1999 - Pela primeira vez o Brasil passou de fase e fez
bonito. Após golear o México por 7 a 1 na estreia, a seleção brasileira
fez 2 a 0 na Itália e arrancou empate por 3 a 3 com a poderosa Alemanha,
que teve que se contentar com a segunda posição da chave. Nas quartas
de final, após sofrida prorrogação, triunfo de 4 a 3 sobre a Nigéria.
Mas nas semifinais o time canarinho não foi páreo para a equipe anfitriã
e parou nos Estados Unidos: 2 a 0. De consolo veio o terceiro lugar,
superando a Noruega na disputa de pênaltis. O Brasil, que tinha atletas
como Formiga e Pretinha, era dirigido pelo técnico Wilsinho.
2003
- Em 2003, novamente nos Estados Unidos, o Brasil foi derrotado pela
Suécia nas quartas de final, por 2 a 1, e se despediu do sonho do
título. O jogo foi um balde de água fria em um time que surpreendeu na
primeira fase ao golear a tradicional Noruega por 4 a 1, depois de ter
feito 3 a 0 na Coreia do Sul na estreia. A primeira posição da chave foi
confirmada com empate por 1 a 1 com a França. Foi o primeiro Mundial da
meia Marta, atração do time comandado por Paulo Gonçalves.
2007 -
Sede do primeiro Mundial, a China reservaria ao Brasil a sua melhor
campanha na Copa do Mundo de 2007. Com Marta já em grande fase, as
brasileiras foram finalistas, mas perderam a decisão para a Alemanha por
2 a 0. A alagoana, que foi artilheira e eleita a melhor jogadora do
torneio, comandou a equipe canarinho, que teve 100% de aproveitamento
com três vitórias na primeira fase: 5 a 0 na Nova Zelândia, 4 a 0 na
China e 1 a 0 na Dinamarca. Nas quartas de final um 3 a 2 sofrido diante
da Austrália. Já nas semifinais um histórico 4 a 0 sobre os Estados
Unidos. O Brasil era dirigido por Jorge Barcellos.
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