Brasil alcança marca histórica na competição

O Brasil faturou, ontem, a medalha de ouro por equipes na ginástica artística masculina em Guadalajara. De quebra, o time formado por Diego Hypolito, Francisco Barreto, Petrix Barbosa, Péricles da Silva, Arthur Zanetti e Sérgio Sasaki obteve a milésima da história do País em Jogos Pan-americanos.

Jefeferson Bernardes/VIPCOMMHomens da ginástica artística tiveram a honra de conquistar a milésima medalha em Pan-Americanos

As melhores apresentações nacionais foram nas argolas, com Diego Hypolito e Arthur Zanetti - o último conseguiu a maior nota do aparelho (15,550 pontos). Os dois, inclusive, serão os representantes brasileiros nas finais por aparelhos (nas argolas e no solo). Sergio Sasaki, regular na maioria dos quesitos, terminou como o líder do dia e estará na disputa do individual geral.

Ao todo, a delegação nacional somou 346,100 pontos, ficando à frente de Porto Rico - o qual derrotou o Brasil quatro anos atrás, na edição do Rio de Janeiro. O bronze foi para os Estados Unidos. Além da performance nas argolas, Diego foi bem no solo, o que acabou ratificando o triunfo sobre os rivais porto-riquenhos. O carioca contabilizou 15,600 pontos.

A vitória, inédita para a ginástica verde-amarela, serve também de alento para a campanha da equipe feminina, que abusou dos erros e encerrou a participação apenas no quinto posto na segunda-feira.

ATLETISMO

A brasileira Rosângela Santos conquistou ontema medalha de ouro na prova dos 100m rasos dos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, com a marca de 11s22, a melhor de sua carreira. O resultado quebra um jejum nacional de 28 anos desde a vitória de Esmeralda Garcia em Caracas-1983.

A norte-americana Barbara Pierre, com 11s25, e Shakeera Reece, de Barbados, com 11s26, completaram o pódio.

FUTEBOL FEMININO

Após o vexame do time masculino, eliminado na primeira fase sem uma vitória, um alento para o futebol brasileiro. A seleção feminina derrotou, ontem, o México por 1 a 0 e se garantiu na decisão dos Jogos Pan-americanos. A uma partida do tricampeonato, a equipe nacional (desfalcada das estrelas Marta e Cristiane, barradas pelos seus clubes) terá pela frente a Colômbia ou o Canadá, que se enfrentam ainda nesta terça.

Apesar de superior tecnicamente, o Brasil encontrou dificuldades para chegar ao gol mexicano nos 45 minutos iniciais. As chances mais agudas ocorreram por meio de chutes de longa distância e de cruzamentos aéreos.

Na segunda etapa, as seleções vieram mais dispostas a balançar as redes. Melhor para as comandadas do técnico Kleiton Lima, que, aos 13 minutos, acertaram uma bola na trave, após um disparo do 'meio da rua' de Formiga.

Aos 19 minutos, bola na rede. Formiga cobrou escanteio com efeito, a arqueira mexicana falhou e a zagueira Bagé colocou para dentro. Mas a árbitra anulou, alegando que a bola teria saído.

O grito engasgado, enfim, só saiu aos 33 minutos. Franciele colocou na área, a bola passou por todos, menos por Maurine, que arrematou. O tento foi especial, pois a atleta perdeu o pai no último final de semana. Gol da superação.