sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Queda de 30% nos estoques preocupa Hemonorte

Diário de Natal
R io Grande do Norte sem sangue. A redução de 30% no estoque sanguíneo coletado pelo Hemocentro Dalton Cunha do Rio Grande do Norte - Hemonorte - já preocupa a casa que atende as necessidades hospitalares de todo o estado. O período de férias começa a ser crítico quando menos pessoas doam o sangue que ajuda na reposição sanguínea de vítimas de acidentes e cirurgias eletivas, dividindo com os que dependem das doações para sobreviver, como os hemofílicos e leucêmicos.

Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press
Chegada do verão diminui o número de doadores, enquanto a demanda aumenta pelo crescimento de acidentes no período. Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press
O ano de 2012 abriu com os estoques bem abaixo do esperado. Ontem, as geladeiras apresentavam apenas 434 bolsas de sangue armazenadas para uso, quando a meta considerada normal para atender a todas as necessidades é de 600 a 700 bolsas. De acordo com Rosemary Teixeira, chefe do departamento de Apoio Técnico do Hemonorte, a época de veraneio sempre é crítica porque as pessoas deixam a cidade rumo ao litoral e o número de doações cai. Por sua vez, o número de acidentes aumenta com o crescimento dos turistas na região.

"Os hospitais passam a solicitar mais sangue e não temos como suprir a demanda que começa a se tornar elevada. Consideramos abaixo de 300 bolsas um estoque num volume crítico", afirma Rosemary. Segundo a chefe do departamento de apoio técnico do Hemonorte, os tipos sanguíneos que apresentam, atualmente, um estoque mais crítico são o AB- e o B+, com apenas duas bolsas, juntamente com o O+, sangue mais comum, sendo o mais solicitado, com apenas 90 bolsas.

Para Reginalda Silva, de 29 anos, depois de fazer vários testes de comprovação para ver se estava com o sangue sem doenças, a decisão de doar foi tomada espontaneamente. "Decidi doar simplesmente. Acho que essa é uma atitude que todos nós deveríamos ter. Ajudar o próximo é uma atitude humana", disse a mais nova doadora do Hemonorte.

Já Paulo da Silva, de 39 anos, disse que aquela era a sua quarta doação. "Sempre venho aqui de três em três meses para fazer a minha doação. Estou fazendo a minha parte e sei que várias pessoas são beneficiadas com o meu esforço", afirma.

"Não existe nada que substitua o sangue. A doação é um ato de solidariedade que ajuda a salvar vidas. Por isso convidamos a todos para que sejam doadores fiéis e ajudem nessa difícil missão de dar vida a quem precisa", finaliza Rosemary.

O Hemonorte conclama as pessoas para que doem na instituição. Para doar sangue, basta comparecer a qualquer unidade de coleta, ter entre 16 e 67 anos, pesar no mínimo 50 quilos, ser saudável, estar alimentado e apresentar documento de identidade. A Sede do Hemonorte, no bairro do Tirol, recebe doações das 7h às 18h; o posto de coleta da Zona Norte e o ônibus de coleta, que fica em frente à Catedral Metropolitana que atendem das 8h às 17h.

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