Falta de medicamentos, macas lotando corredores, servidores em greve,
esses são alguns dos muitos problemas que vêm se acumulando não só no
Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HWG), como também em outras unidades
da rede pública de saúde do estado. A saída do médico urologista
Domício Arruda da titularidade da Secretaria Estadual de Saúde Pública
(Sesap), apenas consolidou o que a população potiguar e, desde a última
terça-feira, o Brasil inteiro já sabe: a saúde pública do RN está em
crise.
Sem opção: Auxiliadora Medeiros comprou Dramim e Albumina humana para parente que está internado no hospital. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press |
O Walfredo Gurgel é a maior unidade hospitalar do estado e atende mais de mil casos por dia oriundos de todo o RN. Quanto à falta de medicamentos, a assessoria do hospital alega que repassa semanalmente as demandas do HWG à Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), sendo de competência da Unicat enviar todos os medicamentos solicitados na lista.
Indefinição
A Sesap foi procurada pelo Diário de Natal para posicionar-se sobre a crise na Saúde. Entretanto, de acordo com a assessoria, a secretária interina da pasta, Dorinha Burlamaqui, precisa de tempo para se inteirar sobre questões administrativas da Sesap, que competiam apenas ao ex-secretário Domício Arruda, mas que em breve a imprensa poderá contar com suas declarações.
Sobre a escolha de um novotitular para a pasta, a assessoria disse que a governadora Rosalba Ciarlini esteve com a agenda cheia durante a semana e que ainda não havia se reunido com o seu gabinete para discutir um novo titular para a Sesap. A assessoria ressaltou que a saída de Domício foi por decisão própria do secretário e que não houve retaliações por causa da repercussão da crise da saúde na imprensa nacional.
A própria assessoria demonstrou pouco conhecimento sobre os desdobramentos da situação no Walfredo Gurgel. Questionada sobre o quadro do hospital, a assessoria perguntou como estava o local na manhã de ontem, se haviam muitas ambulâncias paradas e se eram muitos os casos vindos do interior.
Do DN
Nenhum comentário:
Postar um comentário