OBRAS PARADAS COMPROMETEM PROJETO DE IRRIGAÇÃO NO RN.
Água
para transformar a realidade da população do Oeste potiguar. Em Apodi,
município que fica a 328 km de Natal, capital do Rio Grande do Norte,
existe uma construção que pode melhorar a vida de aproximadamente 80 mil
pessoas. Trata-se do perímetro irrigado da Barragem Santa Cruz do
Apodi.
A obra, realizada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca
(DNOCS), conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), porém com a demora na liberação dos recursos, a obra enfrenta
problemas para ser executada.
O projeto elaborado pela empresa Tecnosolo-Hydros contempla uma área de
cerca de 9.000 hectares, sendo que na primeira etapa serão irrigados
5.200 hectares. De acordo com o projeto, serão necessários R$ 280
milhões para implementar a obra. Desse total, R$ 195 milhões serão
provenientes de recursos do PAC. Os orçamentos de 2009 a 2012 já
reservaram R$ 112 milhões para a obra. No entanto, foram empenhados
apenas R$ 17 milhões (15%) e somente R$ 4 milhões foram pagos, ou seja,
3,5%.
O deputado Felipe Maia (Democratas-RN) vê com preocupação a falta de
compromisso do governo federal com o estado. “O Rio Grande do Norte
precisa de ações que promovam o seu desenvolvimento. Esse projeto pode
melhorar a qualidade de vida da população e impulsionar a geração de
emprego e renda na região. Entretanto, está parado devido à falta de
investimentos federais. É lamentável o descaso e a ineficiência do
governo federal com a execução de obras estruturantes”, enfatizou o
parlamentar.
O perímetro de irrigação Santa Cruz do Apodi abrange a construção de
rede elétrica e viária, estação de bombeamento, drenagem, sistema de
captação de água, rede de condução e distribuição de água. Quando
estiver em atividade, a área será usada essencialmente para a
fruticultura. A expectativa é de que sejam gerados 15 mil empregos
diretos e indiretos.
A obra
A instalação da Barragem enfrenta problemas que comprometem a sua
execução e parecem estar longe do fim. O projeto caminha a passos lentos
e a expectativa de que seja entregue no prazo, dezembro de 2013, está
cada vez mais distante.
Em visita ao local onde será implantada a adutora é possível ver a
carência de recursos, a lentidão da obra e o descaso com o dinheiro
público. A má conservação dos tanques é o cartão de visitas do espaço, o
lodo e a ferrugem estão presentes nas instalações. Alguns fios e
tubulações estão jogados no chão, e o processo de deterioração se
desenvolve rapidamente. Segundo moradores da região, a obra está
paralisada há meses. A falta de cuidado do local revela como são
tratados os empreendimentos que tanto podem beneficiar o país.
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