segunda-feira, 18 de junho de 2012

Presidente Dilma Rousseff chora ao citar familiares de desaparecidos


Presidente Dilma Rousseff chora ao citar familiares de desaparecidos, em cerimônia oficial de instalação da Comissão da Verdade, no Palácio do Planalto
A presidente Dilma Rousseff foi colocada no pau de arara, apanhou de palmatória, levou choques e socos que causaram problemas graves na sua arcada dentária durante as torturas que sofreu na ditadura, segundo revelam os jornais "O Estado de Minas" e "Correio Braziliense".

Ambos periódicos reproduzem uma entrevista de Dilma ao Conselho de Direitos Humanos de Minas Gerais concedida em 2001, na qual narra as torturas que sofreu entre 1970 e 1973, quando foi detida e condenada por um tribunal militar como militante de um grupo de esquerda que lutava contra o regime militar.

No depoimento, a chefe de Estado disse que às vezes não sabia se os interrogatórios "de longa duração" aconteciam de dia ou de noite.

Os torturadores costumavam amarrá-la de cabeça para baixo para depois aplicar cargas elétricas, um método de tortura que "não deixa rastro, só te mina", segundo as palavras da presidente.

"O estresse é feroz, inimaginável. Descobri, pela primeira vez, que estava sozinha. Encarei a morte e a solidão. Lembro-me do medo quando minha pele tremeu. Tem um lado que marca a gente pelo resto da vida", afirmou Dilma.

Essas sessões de torturas foram realizadas no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI) de São Paulo, e também em uma prisão da cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. 

Do Uol

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