segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Expectativa » O que você vai fazer em 21 de dezembro?

Com o fim do calendário maia nesta data, especialistas, místicos e terapeutas alternativos contam como estão se preparando para o anunciado fechamento de um ciclo e sobre mudanças que estão em curso
 
Estado de Minas




Fim do mundo ou o despertar de uma nova consciência? Queiram ou não os mais céticos, 21/12/12 “é uma data simbólica, que aponta na direção de um processo de renovação em pleno curso”, garante o psicólogo e antropólogo Roberto Crema, que também é reitor da Universidade Internacional da Paz (Rede Unipaz), em Brasília. Ele cita o filósofo francês François Julian para explicar o conceito de transformações silenciosas, “uma mudança que ocorre rapidamente por um processo longo, sutil e discreto. Não podemos apressar nem prever cronologicamente o nascimento da borboleta de uma nova consciência que brotará da crisálida da crise global contemporânea”.

Em Belo Horizonte, muitas pessoas vão parar, pelo menos, para refletir sobre a data. Para o físico Renato Las Casas, coordenador do Grupo de Astronomia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), será um dia muito especial. Na sexta-feira, 21, ele estará transmitindo ao vivo as teorias de fim do mundo em seu programa na Rádio Inconfidência, das 21h`às 22h. Ele convidou para essa data um físico da Nasa e ex-aluno dele, o brasileiro Ivair Gontijo, que liderou um grupo de pessoas que construíram várias partes do robô Curiosity, que desceu no planeta Marte em 5 de agosto. Ao ser indagado sobre o fim do mundo, Ivair brincou: “Vai ser muito inconveniente se o mundo acabar em 21 de dezembro, porque tenho uma palestra agendada nesse dia aí em Belo Horizonte”.

A herborista Magdala Ferreira Guedes, a Magui, vai abrir as portas do Sítio Sertãozinho, em Moeda, na Grande BH, para amigos e convidados, que vão fazer meditação com os nomes sagrados de Deus. Nada muito diferente do que ela faz desde 1985, quando recebeu um chamado para fazer pão em uma fazenda de recuperação de dependentes químicos em Goiás, época em que morava naquele estado. Ao retornar a Belo Horizonte e se mudar para Moeda, Magui confirmou que o ato de fazer o pão era mais do que um simples trabalho voluntário. “Ali tinha força, conexão. Era um ritual com muito poder.” Foi então que ela começou a intencionar as massas e as coisas ocorreram.” Magui é uma dessas pessoas que trabalham sem parar para que haja o despertar de uma nova consciência. “Em um ambiente acolhedor, ela recebe os convidados para fazer o pão, tocar a massa com paciência e devoção. No contexto criado por ela, o que é válido para transformar o trigo e fazer a massa também é válido para tornar a massa humana que há em nós em algo vivo, nutritivo e bom,” disse o psicólogo Wolber Alvarenga sobre o trabalho dela.

O psicoterapeuta e astrólogo Rodrigo Goston acredita na abertura de um portal a partir dessa data, que “vai nos conectar com o amor. É um renascimento, a ressurreição real de Cristo dentro de nós”. Mas essa mudança já está em curso há tempos. As pessoas não aguentam mais tanta violência. “Todos querem fugir da cidade. As pessoas estão buscando terapias alternativas, tudo o que é natural. Nunca se falou tanto em nutrição, em autoconhecimento. Essa data, portanto, é um bom momento para lembrar que eu tenho uma família chamada humanidade. Sou metafísico, portanto, não posso viver só no material.”

O engenheiro eletrônico Eduardo Chianca, autor do livro Frequências de luz, fala da alta vibração do cinturão de fótons que começa a partir dessa data e em como harmonizar o corpo e a mente para o despertar espiritual, que inclui contato com a natureza, alimentação mais natural possível, desapego, vida simples, meditação e exercícios físicos regulares.

Eterna fascinação pelo fim dos tempos

“A mudança é interna”, diz Magdala Ferreira Guedes, chamada carinhosamente por todos de Magui. No Sítio Sertãozinho, em Moeda, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ela estará no dia 21 com o marido, Orestes, os filhos, amigos e convidados, em um terreno de sete hectares, entre pés de buganvilles, gardênias, lavanda e mirra. O casal, que decidiu morar entre as montanhas, cultiva a agricultura orgânica, que vai para a mesa na forma de uma culinária variada, em que predominam legumes, verduras e alimentos curativos, valorizados pelo toque mágico das especiarias de Magui.

Ela é uma espécie de guardiã da montanha, escuta o que a Terra tem para dizer. É lá, em meio ao perfume de flores e ervas, de um pôr do sol divino, que ela acolhe as pessoas que chegam da cidade cansadas e muito aceleradas. “Elas vêm com um ritmo que não é o de uma pessoa, carregando uma dor que não suportam mais e tentam achar um meio termo.” O tom de Magui é de acolhimento. “A gente recebe almas. São seres que enxergamos de forma completa, com corpo, mente e espírito.”

A dama das ervas sabe que “a cura hoje não é a liberação de um sintoma, mas uma tomada de consciência de que algo profundo na vida das pessoas tem que se transformar. Isso se ela se permitir se abrir para rever valores”. Magui sabe que as pessoas precisam de um lugar simples e harmônico para marcar um encontro com elas mesmas. A proposta do Sertãozinho é desintoxicar, descansar, respirar, deixar o coração bater no compasso certo. “São momentos de silêncio e de conexão profunda com o ser.”
Magui e Orestes se preparam para receber as pessas no Sítio Sertãozinho (Beto Novaes/EM/D.A Press - 13/2/12) 
Magui e Orestes se preparam para receber as pessas no Sítio Sertãozinho

Magui, portanto, está tranquila. “Vejo a data como mais um passo no processo de mudança. Cada vez mais o ser humano está sendo convocado para se conectar com a partícula divina que ele traz em si. Este é o momento”, diz.

ALTA IRRADIAÇÃO O engenheiro eletrônico Eduardo Chianca deixou a profissão para se dedicar à terapia de frequências de luz, uma técnica holística baseada no conceito de uma ciência cocriativa, na qual são usados recursos físicos e metafísicos disponíveis na natureza. Com essa técnica, ele quer tratar e curar o ser humano em sua totalidade, ou seja, nos aspectos físico, energético, emocional, mental e espiritual. “Em nossa essência, somos formados por um campo de energia magnética, inserido em um universo quântico e holográfico.” No dia 21, Eduardo Chianca estará na Paraíba, sua terra natal, com certeza atendendo quem quiser dar esse salto quântico.

O processo de mudança de Chianca começou em 1987, quando houve a chamada convergência harmônica, de 16 para 17 de agosto daquele ano. “Pela primeira vez entramos no alinhamento do cinturão de fótons de Alcione, a principal estrela da constelação das plêiades, da qual nosso sistema solar faz parte, em uma órbita que dura 26 mil anos. Na metade desse período – a cada 13 mil anos – o nosso sistema solar cruza essa alta irradiação do cinturão de fótons. A última vez foi na era astrológica da constelação de Ofiúco, ou Serpentário, o que, em termos bíblicos, foi o tempo do paraíso na Terra, com Adão e Eva.”

Segundo Chianca, nos últimos 12 mil anos imperou a era das trevas, ou noite galática que os vedas chamam de kali yuga. “Nesse período, o nosso hemisfério direito (lado feminino, da intuição), ligado à glândula pineal, ficou adormecido. Daí a preponderância do hemisfério esquerdo (masculino), racional, lógico, analítico e materialista. Por causa disso, a humanidade foi se afundando no materialismo e se desconectando de sua origem divina.”

Para o terapeuta, a partir do dia 21 “entraremos totalmente na alta irradiação de frequências de luz, que vai ativar, de forma surpreendente, a glândula pineal e, consequentemente, o hemisfério cerebral direito, intuitivo, sensível e feminino. Resgataremos, então, a espiritualidade perdida e vamos experimentar a expansão da consciência,” garante.

Harmonizadas
Uma nova ordem já pode ser sentida e vista de várias formas. “Uma delas é o surgimento de uma nova raça chamada crianças índigo e cristal, seres naturalmente mais evoluídos, inteligentes e sensíveis.” Chianca destaca também a busca pela espiritualidade e autoconhecimento “como nunca se viu na história da humanidade. Prova disso é a quantidade de livros, sites, blogs, conferências, workshops sobre novas terapias energéticas e também a busca de medicamentos alternativos, a atração pela filosofia oriental e pela verdade. Como disse o mestre Jesus, a verdade vos libertará dos velhos dogmas religiosos limitadores. O novo tempo chega também com novos paradigmas científicos da física clássica newtoniana, materialista. Hoje, há uma ciência energética baseada na física quântica, na Teoria da Relatividade, de Albert Einstein e na moderna teoria dos universos paralelos e das supercordas”.

Para explicar a força da natureza, Chianca diz que há comprovações científicas de que na lua cheia as pessoas que estão harmonizadas têm grandes insigths, mas as desequilibradas emocionalmente praticamente enlouquecem, daí a expressão “lunáticas”. Segundo estatísticas da polícia dos Estados Unidos, há um aumento de 30% na criminalidade nos dias de lua cheia. “A irradiação das plêiades é muito maior do que a da lua cheia, consequentemente, as pessoas que estiverem desequilibradas energeticamente, com os chacras e meridianos bloqueados, assim como os corpos sutis – aura – desarmonizados, sofrerão negativamente a alta vibração do cinturão de fótons, que começa em 21 deste mês.”

Os sintomas de ordem física que as pessoas energeticamente despreparadas vão sentir, segundo ele, são: dores de cabeça, tonteira, labirintite, enxaqueca e fibromialgia. “Emocionalmente, as pessoas desarmonizadas vão ter irritabilidade, síndome de pânico, ansiedade e depressão.” Ele aconselha aos buscadores espirituais que mantêm os corpos e campos energéticos harmonizados que meditem, pois vão passar por uma sensação de bem-estar, em um profundo despertar espiritual. E dá dicas para que as pessoas se preparem para essa nova era. “Evitar carnes vermelhas, alimentos processados, industrializados e refinados, do tipo açúcar, arroz, trigo e pão brancos. O mesmo para bebidas alcóolicas e cigarros. Levar uma vida simples, fugir da confusão e dos modismos, além de praticar o desapego nas relações. Aprender a amar sem apego e, por fim, entrar em contato direto com a natureza.”

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