Segundo ele, valores superfaturados eram devolvidos a agentes públicos.
O empresário Rogério Medeiros Cabral Júnior, preso na terça-feira (9) na operação Máscara Negra, detalhou ao Ministério Público como funcionava o suposto esquema de superfaturamento na contratação de shows artísticos. Em depoimento ao promotor público Maranto Filgueira Rodrigues às 7h11 do dia da operação, ele admitiu que emitiu notas fiscais acima do preço pago pela Prefeitura de Guamaré no carnaval de 2012. O G1 teve acesso ao vídeo do depoimento. Veja ao lado. O Fantástico deste domingo (14) exibiu trechos da confissão de Rogério Júnior. O vídeo completo tem quase 50 minutos. O G1editou o conteúdo porque o empresário cita nomes de funcionários da Prefeitura de Guamaré e a reportagem ainda não conseguiu falar com essas pessoas ou com seus representantes legais.

O empresário foi solto dois dias após ser preso. O alvará de soltura foi expedido pela juíza de Macau, Cristiany Vasconcelos, acatando pedido do advogado Flaviano Gama, que defende o empresário no processo. Rogério Júnior intermediou nove shows para o carnaval 2012 em Guamaré, cidade a 165 quilômetros de Natal.
Na terça, em entrevista ao G1, Flaviano Gama explicou os motivos dos altos preços cobrados por Rogério Júnior. “Os valores cobrados pelas bandas são sazonais. No carnaval é tudo mais caro. A promotora [Patrícia Antunes] disse que pesquisou os valores no mesmo período, e estes foram mais baixos do que os cobrados pelo meu cliente. Mas isso não é possível, uma vez que ela não pesquisou a mesma banda”, justificou o advogado.
Segundo o Ministério Público do Rio Grande do Norte, “Guamaré investiu R$ 2,5 milhões no carnaval 2012, o que representa 71,5% da receita do FPM, até o mês de julho (R$ 3,5 milhões). Ou ainda, 95,4% dos royalties recebidos no mês de fevereiro de 2012 (R$ 2,6 milhões). Foram contratadas 17 bandas".
Fred CarvalhoDo G1 RN
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