Sticker Bomb é a nova moda para customizar veículos

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Para Rafael, personalização foi a forma encontrada para deixar o carro diferente e, ao mesmo tempo, divulgar a própria empresa. Foto: Wellington Rocha

Foi-se o tempo do preto fosco (envelopar) e dos adesivos com a família feliz na lataria do carro. Uma mania importada da Europa, do Japão e dos Estados Unidos tem feito sucesso entre donos de veículos que gostam de personalizar o meio de transporte: o Sticker Bomb. Traduzido de forma literal, ‘bombardeio de adesivos’, mas que, na prática, é uma colagem de imagens que remete as culturas do grafite e dos quadrinhos, cuja possibilidade de ser escolhida pelo cliente em sua totalidade é o maior atrativo.
“Os mais jovens gostam também de usar em celulares, skates e tablets. Mas no carro é principal. A ideia é chamar a atenção e criar um veículo único”, diz Antonio Gustavo de Barros, proprietário da Eco Office, franquia local de uma rede de remanufatura de cartuchos e gráficas rápidas que conta com 24 filiais por todo o Brasil. Feitos com adesivo plástico, de acordo com o tamanho da superfície preenchida, o sticker bomb tem preços a partir de R$ 30.
A colagem pode durar até um dia. “Depende do cuidado que a empresa tem na hora do recorte, para não arranhar a pintura. E o cliente tem que pensar duas vezes antes de tirar o adesivo, caso enjoe ou queira mudar de imagem. A cola que fica pode danificar também. Mas em qualquer equipadora ele pode ser retirado sem problemas”. Gustavo fala que imagens religiosas e empresariais dominam as escolhas.
“Teve uma mulher que encheu a lateral do carro com desenhos da Hello Kitty [personagem infantil]. Até que ficou engraçado. Tem aqueles que gostam de caveira. Funciona assim: a pessoa chega aqui com uma ideia ou um desenho. Temos um funcionário que pode elaborar a arte com o cliente. Feito isso, enviamos essa arte para São Paulo, onde é fabricado o adesivo. Em três, quatro dias úteis, recebemos o material pronto por via aérea. É bom que seja escolhida uma equipadora fechada, sem vento que traga poeira na hora de colar”, diz Gustavo.
Para Rafael Lima, proprietário de uma equipadora e dono de um Gol preto com o para lama ‘tunado’ (qualquer alteração no aspecto original do carro) com logomarcas de alto-falantes que comercializa, foi a forma de vender sua empresa sem maiores gastos financeiros. “Eu queria personalizar meu carro e divulgar minha empresa. Já tinha ouvido falar em sticker bomb na net. Um amigo fez a arte e aí está. Para mim, o resultado ficou fantástico”.
Ele atenta para os cuidados com o sol. “O sol altera a pintura, como todo mundo sabe. Mas com o adesivo, é bom ter cuidado e evitar expor a lataria, porque pode ficar com tonalidades diferentes”. Rafael procura estacionar longe do Astro-Rei, desde que decorou o carro, seis meses atrás. “E também não pode puxar o adesivo por conta própria. Se for fazer isso, use um secador de cabelo, a uma certa distância da lataria, que ele solta fácil, fácil”. A dupla planeja organizar uma competição com os veículos mais chamativos que adotaram.