Sílvia Natch é voluntária da ONG Operação Sorriso há seis anos.
Organização faz cirurgias de reconstrução facial em crianças.
A enfermeira Sílvia Natch foi a diversos países com a ONG Operação Sorriso (Foto: Cedida/Arquivo Pessoal)Há seis anos a enfermeira Sílvia Natch começou a dividir o trabalho de salvar vítimas socorridas no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Grande Natal com uma causa mundial. Voluntária da Operação Sorriso, Organização Não Governamental norte-americana dedicada à causa das crianças com deformidades faciais, a enfermeira ajuda pacientes a conseguir cirurgias de reconstrução facial por todo o mundo. Com 30 missões no currículo, Sílvia recebeu da ONG um prêmio entregue aos voluntários mais inspiradores da equipe. Da primeira missão em 2007, na cidade deBarbalha, Ceará, nasceu uma certeza. “Percebi que podia usar minha profissão para algo positivo. Trazer crianças que não são aceitas pela sociedade para uma situação de inclusão. Transformar exclusão em inclusão”, afirma Sílvia. De acordo com a enfermeira, a cada três minutos nasce uma criança com deformidade facial no mundo. Normalmente elas não chegam ao primeiro ano de vida.A maioria dos casos é de fissura lábio-palatina, uma abertura na região do lábio ocasionada por má formação facial. “As crianças têm dificuldade para falar, comer, crescer e sorrir”, explica. Sílvia conta que a cirurgia para reconstrução é simples, mas muitas pessoas não têm conhecimento sobre como conseguir. É aí que entra a Operação Sorriso.
A experiência também trouxe aprendizados importantes para o trabalho no Samu. “O que posso trazer é mostrar às pessoas que o trabalho em equipe transforma realidades. Tudo é possível”, conta. Para Cecília Karla Picinin, coordenadora do Samu Metropolitano, a enfermeira é um exemplo. “Os profissionais do Samu já têm o compromisso com a ajuda Em oportunidades como essa, ela se destaca”, elogia.
No aguardo da próxima missão, no Paraguai, a enfermeira já foi a diversos países, como Filipinas, Indonésia, entre outros. Mas foi no Brasil que uma missão lhe marcou. “EmSantarém, no Pará, existe uma tribo de índios com grande incidência de deformidade facial. Antigamente os índios enterravam as crianças vivas por considerá-las impuras”, relata Sílvia. Após a ida da Operação Sorriso à tribo, Sílvia ressalta que muitas crianças foram recuperadas e reincluídas na aldeia. Mesmo com o currículo de países visitados, Sílvia ainda guarda um desejo. “Trabalhar na África. Já estou inscrito em uma missão para o Quênia”, revela. Outro desafio é promover uma missão em Natal. “Precisamos de apoio público, empresas patrocinadoras e voluntários locais. Aí sim você consegue viabilizar um programa como esse. É meu próximo desafio”, reforça.
No aguardo da próxima missão, no Paraguai, a enfermeira já foi a diversos países, como Filipinas, Indonésia, entre outros. Mas foi no Brasil que uma missão lhe marcou. “EmSantarém, no Pará, existe uma tribo de índios com grande incidência de deformidade facial. Antigamente os índios enterravam as crianças vivas por considerá-las impuras”, relata Sílvia. Após a ida da Operação Sorriso à tribo, Sílvia ressalta que muitas crianças foram recuperadas e reincluídas na aldeia. Mesmo com o currículo de países visitados, Sílvia ainda guarda um desejo. “Trabalhar na África. Já estou inscrito em uma missão para o Quênia”, revela. Outro desafio é promover uma missão em Natal. “Precisamos de apoio público, empresas patrocinadoras e voluntários locais. Aí sim você consegue viabilizar um programa como esse. É meu próximo desafio”, reforça.
Família de voluntários
A enfermeira lembra que o exemplo de voluntariado veio de casa. Os dois filhos de Sílvia faziam trabalhos voluntários antes dela. “Minha filha construía casas para vítimas de desastres quando estudava nos Estados Unidos e meu filho tocava violão para crianças ainda pequeno”, ressalta.
Atualmente os dois trabalham com a mãe na Operação Sorriso. A corrente promete ser passada também para os dois netos. “É importante crescer sabendo que você tem potencial para mudar o mundo”, diz.
Premiação
Lucy Naivasha Kabii, enfermeira do Quênia que morreu de malária há três anos dá o nome ao prêmio internacional recebido por Sílvia. A premiação é concedida pela ONG Operação Sorriso para voluntários que se destacaram na prestação de serviços humanitários.
A enfermeira foi eleita entre os mais de 14 mil voluntários dos 60 países onde a organização atua. A cerimônia aconteceu no estado da Virgínia, Estados Unidos. Apesar de não poder comparecer, a enfermeira enviou uma declaração para ser lida na cerimônia.
Lucy Naivasha Kabii, enfermeira do Quênia que morreu de malária há três anos dá o nome ao prêmio internacional recebido por Sílvia. A premiação é concedida pela ONG Operação Sorriso para voluntários que se destacaram na prestação de serviços humanitários.
A enfermeira foi eleita entre os mais de 14 mil voluntários dos 60 países onde a organização atua. A cerimônia aconteceu no estado da Virgínia, Estados Unidos. Apesar de não poder comparecer, a enfermeira enviou uma declaração para ser lida na cerimônia.
A notícia do prêmio ela recebeu em um telefonema da enfermeira americana que chefia a Operação Sorriso nos Estados Unidos. “Ela me disse ‘você hoje representa o espírito da Lucy e inspira as pessoas a trabalhar cada vez maior com sorrisos nos lábios’”, lembra.
A Operação Sorriso ou Operation Smile, como é conhecida fora do Brasil, é uma ONG nascida no estado da Virgínia, Estados Unidos. A organização foi criada em 1982 por Bill e Kathy Magee, que participaram de uma missão nas Filipinas para realizar trabalhos com crianças que possuíam deficiência nos lábios. Acidente despertou enfermeira
Sílvia se interessou pela Operação Sorriso em 2006, quando viu voluntários da organização trabalhando no hospital Maria Alice Fernandes, zona Norte de Natal. "Me interessei, mas era muito difícil fazer o cadastro nacional e internacional", ressalta. Um mês após descobrir a ONG, um acidente grave estimulou ainda mais a enfermeira.A Operação Sorriso ou Operation Smile, como é conhecida fora do Brasil, é uma ONG nascida no estado da Virgínia, Estados Unidos. A organização foi criada em 1982 por Bill e Kathy Magee, que participaram de uma missão nas Filipinas para realizar trabalhos com crianças que possuíam deficiência nos lábios. Acidente despertou enfermeira
Era noite de Natal quando o carro que levava a família de Sílvia para o Ceará, estado de origem da enfermeira, capotou na estrada entre as cidades de Mossoró, na região Oeste potiguar e Aracati, no interior cearense. Ainda desacordada, Sílvia não sabia, mas acabara de sofrer uma lesão grave na coluna. A noite de Natal acabou no hospital.
Foram doze pinos colocados na coluna e uma pergunta que mudou a vida da enfermeira desde então: “O que eu teria feito na minha vida se eu morresse hoje?”, recorda a voluntária.
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