Fotos: João Maria Alves
A indústria salineira do Rio Grande do Norte, após anos de queda na produção, retoma o fôlego e espera quebrar mais um recorde na extração de sal em 2013. De acordo com dados do Sindicato da Indústria da Extração de Sal do Rio Grande do Norte (Siesal/RN), deverão ser produzidas até cinco milhões de toneladas de cloreto de sódio até o final deste ano nas 35 salinas ligadas à instituição. Em 2012, foram produzidas 997 mil toneladas. O referido dado faz do Estado potiguar o maior produtor, com domínio de 95% sobre o total extraído nacionalmente. A maioria massiva da produção deverá ser escoada pelo Terminal Salineiro de Areia Branca, que carrega os navios cargueiros para o mercado brasileiro e internacional.
Após dois anos em obras, o Porto-Ilha duplicou a capacidade de armazenamento, ampliou a área de cais em quase 100 metros, o que possibilita o atracamento de até duas embarcações por vez para descarregamento, além de ter potencializado o transbordo de navios cargueiros, transportando para os porões de tais embarcações, até 2.500 toneladas de sal por hora. A reforma custou R$ 270 milhões e foi financiada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Após a duplicação do Porto-Ilha, foi possível ampliar a capacidade de exportação do sal, o que representará um grande impulso para a economia do Rio Grande do Norte”, afirma o presidente da Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Pedro Terceiro de Melo.
De acordo com o vice-presidente do Siesal/RN, Airton Torres, a previsão é de que 350 mil toneladas do produto sejam exportadas ao longo deste ano. “O número é ainda considerado pequeno. Há oito anos, chegamos a exportar 800 mil toneladas”, destaca Airton Torres. Ele esclarece que, em decorrência dos anos chuvosos, a produção na zona salineira caiu e, consequentemente, a venda do cloreto de sódio para o mercado externo sofreu uma redução. Entretanto, a falta de chuvas que é lamentada pelo sertanejo é motivo de ampliação de negócios para os salineiros. Isto porque quanto mais quente é o clima, maior é a evaporação de água do mar, o que contribui para uma melhor produção.
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