Ricardo Araújo - Repórter
Fotos: João Maria Alves
A
indústria salineira do Rio Grande do Norte, após anos de queda na
produção, retoma o fôlego e espera quebrar mais um recorde na extração
de sal em 2013. De acordo com dados do Sindicato da Indústria da
Extração de Sal do Rio Grande do Norte (Siesal/RN), deverão ser
produzidas até cinco milhões de toneladas de cloreto de sódio até o
final deste ano nas 35 salinas ligadas à instituição. Em 2012, foram
produzidas 997 mil toneladas. O referido dado faz do Estado potiguar o
maior produtor, com domínio de 95% sobre o total extraído nacionalmente.
A maioria massiva da produção deverá ser escoada pelo Terminal
Salineiro de Areia Branca, que carrega os navios cargueiros para o
mercado brasileiro e internacional.
Após dois anos em obras, o
Porto-Ilha duplicou a capacidade de armazenamento, ampliou a área de
cais em quase 100 metros, o que possibilita o atracamento de até duas
embarcações por vez para descarregamento, além de ter potencializado o
transbordo de navios cargueiros, transportando para os porões de tais
embarcações, até 2.500 toneladas de sal por hora. A reforma custou R$
270 milhões e foi financiada pelo Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC). “Após a duplicação do Porto-Ilha, foi possível ampliar a
capacidade de exportação do sal, o que representará um grande impulso
para a economia do Rio Grande do Norte”, afirma o presidente da
Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern), Pedro Terceiro de Melo.
De
acordo com o vice-presidente do Siesal/RN, Airton Torres, a previsão é
de que 350 mil toneladas do produto sejam exportadas ao longo deste ano.
“O número é ainda considerado pequeno. Há oito anos, chegamos a
exportar 800 mil toneladas”, destaca Airton Torres. Ele esclarece que,
em decorrência dos anos chuvosos, a produção na zona salineira caiu e,
consequentemente, a venda do cloreto de sódio para o mercado externo
sofreu uma redução. Entretanto, a falta de chuvas que é lamentada pelo
sertanejo é motivo de ampliação de negócios para os salineiros. Isto
porque quanto mais quente é o clima, maior é a evaporação de água do
mar, o que contribui para uma melhor produção.
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