O Ministério da Educação (MEC) quer criar mecanismos para reduzir o
 índice e abstenção no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que 
registrou a ausência de cerca de 2 milhões de candidatos no último fim 
de semana – nada menos do que 29% do total de de inscritos. Estão em 
estudo duas medidas: cobrar taxa em dobro ou extinguir a isenção em 
edições futuras do Enem de quem se inscrever e faltar sem justificativa;
 e abrir um prazo para que candidatos cancelem a inscrição dias antes da
 impressão das provas, em julho, quase quatro meses antes do teste.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 
órgão do ministério responsável pelo Enem, estima que o não 
comparecimento de 2 milhões de inscritos neste ano pode ter causado um 
prejuízo de até R$ 60 milhões, em despesas como a impressão de provas 
que não foram utilizadas e a contratação de fiscais e pessoal de apoio 
em número acima do necessário.
- Quase 30% (de abstenção) é um percentual altíssimo, não pode ser.
 É preciso conscientização, um processo educativo de cidadania. A gente 
está pensando algumas soluções estruturantes – diz o presidente do Inep,
 Luiz Claudio Costa.
Ele explica que a ideia de cobrar taxa de inscrição em dobro ou 
acabar com a isenção em edições futuras para quem faltar sem 
justificativa depende de lei aprovada no Congresso. Hoje a taxa é de R$ 
35. São isentos os alunos de escolas públicas matriculados no 3º ano do 
ensino médio e quem apresenta declaração de carência socioeconômica.Dos 
7,17 milhões de inscritos neste ano, apenas 1,9 milhão pagaram a taxa, 
ainda assim, com valor subsidiado, já que o custo de realização do exame
 é de R$ 49,86 por inscrito.
Caso a medida punitiva já estivesse em vigor, pagantes que faltaram
 ao exame teriam que desembolsar R$ 70 para fazer o próximo Enem, em 
2014. Da mesma forma, candidatos isentos perderiam o benefício, tendo 
que pagar R$ 35 numa próxima edição.
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