Há alguns meses os agricultores da
comunidade rural Barra de Santana, em Jucurutu realizaram uma
manifestação pacífica, invadiram o canteiro de obras, obrigado a empresa
a suspender por quase três dias os serviços de construção da barragem
de Oiticica. Eles queriam do Governo do Estado a garantia que seus
direitos seriam respeitados.
A manifestação ganhou repercussão em
todo o Estado e provocou a vinda de uma comitiva de autoridades, formado
pela governadora Rosalba Ciarlini, deputados, o arcebispo de Natal, Dom
Jaime Vieira, dentre outras. A garantia da governadora de que no máximo
até 08 de maio estariam prontos o projeto executivo, a terraplanagem, o
desmatamento e a planta da nova Barra de Santana foi um dos principais
motivos da suspensão da manifestação.
O problema é que até esta terça-feira
(22) nada saiu do papel, e o local onde será construída a nova Barra de
Santana, sequer foi desmatado. A comunidade, mais unida do que nunca e
com o apoio da Igreja Católica já decidiu: Se chegar o dia 08 de maio e a
promessa não for cumprida, as obras serão suspensas novamente com a
realização de mais uma invasão ao canteiro de obras.
Barragem de Oiticica: Das quase mil desapropriações, Governo ainda não fez nenhuma
A
informação foi confirmada ao Blog pelo técnico do
Seapac, José Procópio de Lucena, que integra o Grupo de Estudo, criado
para acompanhar todos os detalhes de construção da Barragem de Oiticica.
Dos 998 cadastros de desapropriações e
indenizações, até agora o Governo do Estado não concluiu uma sequer. São
773 cadastros rurais, e 225 do Distrito de Barra de Santana, no caso
destes, que serão beneficiados com a construção do novo distrito. As
únicas indenizações até hoje foram feitas há quase cinco anos, de
quarenta pessoas que moravam no eixo da Barragem.
Marcos Dantas
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