Com a chegada da segunda quinzena de março sem que se verifique a
consolidação da estação chuvosa nos Estados que compõem o Nordeste
oriental (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco), cresce
entre os produtores rurais da região o temor de que venhamos a ter mais
um ano da “seca verde”.
No interior do RN, por exemplo, há casos de agricultores que,
confiantes nas primeiras chuvas de fevereiro, cortaram a terra e
realizaram seus plantios de sorgo, milho e feijão, porém acabaram
prejudicados pela estiagem de quase duas semanas que se seguiu, além de
terem suas lavouras atacadas por uma forte praga de lagartas.
Como voltou a chover nos primeiros dias de março em boa parte das
regiões Seridó, Central e Oeste, muitos dos agropecuaristas que perderam
a primeira planta retomaram o cultivo, achando-se agora, de novo,
ameaçados de perdê-los, já que o inverno não se sustenta.
Ao que tudo indica, os sertanejos potiguares – outra vez obrigados a
se valerem do empirismo de aguardar a chuva no Dia de São José para
saber se não continuarão submetidos à seca – não tirarão a conta certa
em 2015, em razão dos prejuízos acumulados e da absoluta falta de
políticas de desenvolvimento para o nosso semiárido.
Por Marco Aurélio de Sá
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